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Tipo {Oscar}

Estudo de universidade americana disseca o que faz de um filme um forte candidato ao prêmio mais importante do cinema

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

Quer apostar no vencedor do Oscar de melhor filme? Escolha um drama biográfico ou de guerra, lançado perto do Natal e que seja recomendado a maiores de 17 anos (a classificação R, nos EUA). Se a trama versar sobre tragédia familiar, deficiência física ou repressão política, melhor.

É o que diz recente estudo de sociólogos da Universidade da Califórnia, que perfilou quase 3.000 obras lançadas entre 1985 e 2009 com potencial para disputar o prêmio.

Os pesquisadores criaram um algoritmo que mede as chances de um filme faturar uma estatueta com base em aspectos como gênero, data de estreia, tipo de distribuidor e até palavras-chave da trama, reunidas no IMDb (base de dados virtual sobre a produção cinematográfica).

A classificação etária R, por exemplo, dá mais "mais flexibilidade artística" ao filme, segundo os autores do estudo. Já palavras-chave como "intriga política" ou "deficiências" seriam temas caros aos membros da Academia.

"Eles gostam de temas sérios, de histórias morais", diz o pesquisador Gabriel Rossman. "Um dos termos mais frequentes nesses filmes é entretenimento', que tem tudo a ver com os votantes no Oscar [integrantes da indústria]".

Rossman não aplicou o seu algoritmo para os atuais concorrentes, mas tem seus palpites para o dia 2/3 (TNT exibe a cerimônia). "Trapaça' saiu bem no fim do ano, então é forte candidato. Mas 12 Anos...' é uma biografia histórica. É um típico ganhador."

No quesito palavras-chave do IMDb, "12 Anos...", de Steve McQueen, não vai tão bem. O longa não tem nenhum termo entre os 200 mais oscarizáveis'. "O Lobo de Wall Street", de Martin Scorsese, tem dois: "drinque jogado na cara de outra pessoa" e "palestrante motivacional".

"Trapaça", de David O. Russell, tem "suborno", "Gravidade", de Alfonso Cuarón, tem "Houston". Já "Nebraska", de Alexander Payne, tem "velhice" e "Clube de Compras Dallas", de Jean-Marc Vallée,"ativista".

Especialista em premiações do cinema, Scott Feinberg, da revista "The Hollywood Reporter", também põe suas fichas em "12 Anos...".

"É filme histórico, mas trata de temas contemporâneos como a segregação racial. Gravidade' é puro entretenimento e Trapaça' é uma comédia que não diz nada sobre os dias de hoje", diz à Folha.

As previsões do oscarólogo' se baseiam nos prêmios dos sindicatos de atores, diretores, produtores e roteiristas, que antecedem o Oscar e são concedidos por muitos dos membros da Academia.

O estatístico Nate Silver, famoso por prever resultados de eleições presidenciais americanas, costuma dar seus palpites para o Oscar com base nesses prêmios, mas ainda não opinou neste ano.


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