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Documentário mistura animação e Noam Chomsky

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BERLIM

O diretor francês Michel Gondry, 49, apresentou anteontem seu novo documentário, "Is the Man Who Is Tall Happy?" (É feliz o homem que é alto?, em tradução livre). No longa, ele dialoga com o escritor, filósofo e linguista americano Noam Chomsky, 85, sobre a mente humana.

O filme teve uma recepção morna, sem aplausos, em sua primeira exibição no Festival de Berlim (mostra Panorama).

O universo fantástico de Gondry, típico de seus filmes como "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" (2004) e "Rebobine, Por Favor" (2008) está presente no documentário e pode ser observado especialmente na estética adotada pelo diretor.

Usando uma câmera de 16 milímetros e técnicas rudimentares de animação, os desenhos coloridos e feitos à mão por Gondry ilustram as conversas que o diretor teve com Chomsky desde 2010, quando o projeto teve início.

Em 89 minutos, Chomsky fala de sua infância, da conexão entre a apropriação da linguagem e a criação de memórias, e de sua fascinação pela teoria das forças ocultas, do cientista Isaac Newton, que refuta o conceito de o mundo como um lugar que funciona de maneira mecânica.

O único assunto que o intelectual evita comentar são seus sentimentos depois da morte da mulher, Carol, ocorrida em 2008, após 59 anos de casamento.

Em diversas partes do documentário, a humildade de Gondry também impressiona, com seu reconhecimento reiterado de que se sentiu "burro" e "estúpido" enquanto conversava com Chomsky.

Mais do que uma simples conversa, o filme funciona como um mergulho profundo na mente e na capacidade cognitiva dos seres humanos.

Entre os tópicos abordados está a sintaxe da frase que dá título ao filme. Nessa discussão, Chomsky fala sobre como o ordenamento das palavras influencia a formação linguística das crianças. (RM)


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