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Shirley Temple morre aos 85 anos nos EUA

Figura emblemática do cinema, atriz mirim se tornou, nos anos 1930, uma das principais estrelas de Hollywood

Artista, que estrelou mais de 40 filmes, foi também diplomata; morte ocorreu por 'causas naturais'

DE SÃO PAULO

Morreu na noite de anteontem, de causas naturais, a atriz, cantora e dançarina Shirley Temple, segundo comunicado de seus familiares. Ela tinha 85 anos e estava em sua casa, na Califórnia.

"Nós a saudamos pelas realizações notáveis como atriz, diplomata e, o mais importante, como querida mãe, avó, bisavó e esposa adorada por 55 anos", diz o texto.

Temple, que começou a carreira aos três anos, tornou-se a estrela mirim mais famosa da história de Hollywood e uma figura icônica da época da Grande Depressão nos EUA, durante os anos 1930.

A californiana dos cachos dourados e ar de criança determinada estrelou mais de 40 filmes e foi tida como a salvação dos estúdios da Fox, que corriam o risco de falir.

Segundo Temple escreveu em sua autobiografia, foi sua mãe quem tomou uma "decisão calculada" de transformá-la em uma dançarina profissional e a matriculou, aos três, em um curso de dança.

ROOSEVELT

A sua descoberta se deu em 1932 por um agente da Educational Pictures, que a escolheu para atuar na série de curtas "Baby Burlesks".

Em 1934, foi escalada para "Alegria de Viver", da Fox, um dos muitos filmes que usaram números musicais para espantar a melancolia dos tempos da Depressão.

Na época, o presidente Franklin Roosevelt chegou a afirmar que era "esplêndido" que americanos pudessem ver nos filmes "o rosto sorridente de uma criança e esquecer seus problemas".

Naquele ano, ela estrelou oito produções, entre elas "Olhos Encantadores", marcado por uma performance da atriz cantando e sapateando num avião com a canção "On the Good Ship Lollipop".

Em 1935, antes de completar sete anos, a atriz ganhou um Oscar honorário --e ainda permanece a mais jovem ganhadora do prêmio.

Nos anos seguintes, estrelou sucessos como "A Pequena Órfã" (1935), "Heidi" (1937) e "A Princesinha" (1939), em geral em papéis de menina desamparada --uma forma de ajudar o público adulto a lidar com as adversidades da época de crise econômica.

Com a adolescência, o interesse do público por seus filmes diminuiu. Temple deixou o cinema em 1950, aos 22 anos. Ela voltaria a atuar em 1958 com uma série de TV infantil "Shirley Temple's Storybook", cancelada em 1961.

POLÍTICA E DIPLOMACIA

Nos anos 1960, Temple entrou para a política. Tentou se eleger ao Congresso pelo Partido Republicano em 1967, em campanha embalada por "On the Good Ship Lollipop", mas não venceu.

Em seguida, atuou como diplomata, primeiro como representante dos EUA na ONU, em 1969, e, mais tarde, como embaixadora em Gana, nos anos 1970, e na então Tchecoslováquia, em 1989 --no período de declínio do comunismo no Leste Europeu.

Shirley Temple se casou duas vezes: com John Agar Jr., em 1945, com quem teve uma filha, e com Charles Alden Black, em 1950, com quem teve outros dois filhos.


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