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Jamil Maluf deixa Orquestra Experimental

Criador do grupo em 1990, maestro se aposenta e dá lugar a Carlos Moreno, que estava na Sinfônica de Santo André

Diretor do Theatro Municipal, John Neschling diz que orquestra irá tocar em teatros nos bairros

JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A OER (Orquestra Experimental de Repertório) tem novo titular. O maestro Jamil Maluf, que a criou em 1990 e com ela acumulou prêmios pela qualidade de suas produções, será substituído por Carlos Moreno, que por seis anos dirigiu a Orquestra Sinfônica da USP (2002-2008) e que há cinco dirige a Sinfônica de Santo André.

A mudança foi anunciada ontem pelo maestro John Neschling, diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo, onde até agora a OER funcionava como um dos corpos estáveis.

Maluf, que se formou em regência em Detmoldst, na Alemanha, é uma das lideranças mais dinâmicas da música de concerto paulistana. Fez óperas para crianças, como "João e Maria", de Humperdinck, e "O Menino e os Sortilégios", de Ravel.

A orquestra, sob seu comando, também instituiu um concerto anual com trilhas de cinema, em que os músicos sonorizavam cenas de uma tela ao fundo do palco. Com Moreno, Neschling disse procurar reorientar a vocação da OER. Ela se apresentará também em teatros da prefeitura nos bairros e, desmembrada em grupos de câmara, atuará em escolas municipais.

Com carreira iniciada em Petrópolis, Moreno ampliou a Sinfônica da USP, que passou a ter a sonoridade necessária para executar grandes peças do repertório, como as sinfonias de Mahler, Bruckner ou Richard Strauss.

Neschling e Moreno pretendem associar a OER à Escola Municipal de Música, que tem 1.600 alunos e que poderá operar como fonte de recrutamento de bolsistas.

Outro plano consiste em fazer dela uma orquestra integralmente jovem --pela lei que a criou, com músicos a partir dos 14 anos de idade--, sem que as chefias de naipes sejam assumidas, durante os concertos, pelos monitores, que são professores dos grupos de instrumentistas.

O diretor-geral do Municipal, José Luiz Herencia, disse que Maluf será aposentado pela fundação do teatro, com vencimentos integrais.

Por fim, Neschling anunciou a criação de uma série mensal de concertos de música contemporânea, que terá como curador o compositor Leonardo Martinelli.


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