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Sai a lista de nomes que vão avaliar obras de arte

Governo define perfil moderado no Conselho do Patrimônio Museológico

Grupo vai avaliar quais peças particulares podem ser consideradas de 'interesse público' e monitoradas por Estado

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

Os 13 representantes da sociedade civil que irão compor o Conselho do Patrimônio Museológico, aprovados pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, representam um grupo de perfil moderado, que deve diminuir as tensões provocadas pelo decreto 8.124.

O decreto prevê a possibilidade de declarar de interesse público obras de arte de coleções privadas. Segundo o documento, obras privadas, uma vez declaradas de interesse público, passariam a ser monitoradas pelo governo.

A Folha obteve com exclusividade a lista dos 13 representantes da sociedade civil, indicados pelo presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), Ângelo Oswaldo, à ministra. A portaria com a lista deve ser publicada amanhã.

Entre os integrantes estão o secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo, o banqueiro e colecionador José Olympio Pereira, a colecionadora e diretora de museu Angela Gutierrez e os curadores Fabio Magalhães e Paulo Herkenhoff.

"São eles que vão colocar em prática e aprovar as normas para a declaração de interesse público", disse o presidente do Ibram.

Desde que a portaria foi publicada, em outubro passado, Oswaldo se viu no centro de uma polêmica --colecionadores e galeristas viram o novo instrumento como uma forma de apropriação indevida.

A questão ganhou tanta animosidade que colecionadores estão deixando de emprestar obras para exposições como forma de retaliar e pressionar o governo. O curador do Museu de Arte Moderna de Nova York, Luis Pérez-Oramas está tendo dificuldade em obter obras de Lygia Clark para uma retrospectiva da artista, por conta da situação.

Oswaldo diz que "não pretende alterar o decreto" e dá a entender que, com o conselho que agora tomará posse, os medos serão dissipados. A turbulência, porém, ainda não está afastada: a Ordem dos Advogados do Brasil estuda a possibilidade de questionar a legalidade do decreto.

"Os nomes são ótimos, agregadores e de grande respeito, mas o decreto continua sendo um problema", diz a galerista Eliana Finkelstein, da Associação Brasileira de Arte Contemporânea.

Além dos 13 indicados pela ministra, o conselho é composto ainda por oito membros, representantes de entidades ligadas à cultura --algumas governamentais, como o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


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