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Crítica
Frieza cirúrgica dá o tom ao longa 'O Silêncio de Lorna'
INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHATentemos resumir: Lorna é uma imigrante albanesa que, para obter a nacionalidade belga e sair do submundo da clandestinidade, topa casar com Claudy, capanga de mafiosos.
Ela casa, mas num segundo momento entra em cena outro mafioso, russo desta vez, e bem mais poderoso que Claudy. Ele precisa casar com uma belga para também obter a nacionalidade.
Resumo da ópera: Lorna é chamada a dar um fim no marido para que possa casar com o mafioso.
O filme de Jean-Pierre e Luc Dardenne chama-se "O Silêncio de Lorna" (Arte 1, 11h30) e, com frieza, procura expor certos mecanismos da relação imigrantes ilegais/polícia/máfia na Europa.
Mas é uma estranha frieza, onde o vermelho desempenha um papel decisivo. Talvez por isso se possa falar em frieza cirúrgica ao falar de "Lorna".