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Na Argentina, Joan Baez canta em espanhol

Na abertura da turnê sul-americana, em Buenos Aires, cantora folk interagiu muito com público e encantou plateia

Americana interpretou 'Cálice' em português; ela faz show amanhã em Porto Alegre e depois em São Paulo, Rio e Recife

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

No primeiro show de sua turnê sul-americana, a cantora Joan Baez, 73, um dos maiores expoentes do gênero folk, encantou a plateia presente no teatro Gran Rex, em Buenos Aires, com um grande repertório em espanhol.

A apresentação na Argentina ocorreu no último dia 6.

As músicas, em sua maioria, integram o álbum "Gracias a La Vida", de 1974, que está sendo relançado e dá nome à série de apresentações em Argentina, Chile, Uruguai e Brasil.

Além da canção que dá título do disco, de Violeta Parra, Baez também tocou "Te Recuerdo Amanda", de Victor Jara, e "El Preso Número Nueve", de Roberto Cantoral.

O roteiro do show de uma hora e meia, que contou com a participação do argentino León Gieco, não tem nada de original, com a norte-americana dedilhando seus violões em quase todas as canções e sendo acompanhada por um percussionista e um multi-instrumentista (piano, bandolim, baixo) em diversos momentos.

Mas isso não é motivo para desmerecer a apresentação ao vivo, pelo contrário. Joan Baez não deixa que nada se sobreponha ao principal, que é ouvi-la cantar --e é surpreendente constatar sua potência vocal.

Interagindo com a plateia o tempo todo, provocou risadas antes de tocar a segunda canção da noite, "Don't Cry for Me Argentina", do musical "Evita", que narra a história de Eva Perón. "Gosto de cantar essa música porque além de ser muito linda é totalmente politicamente incorreta", disse, rindo.

'CÁLICE'

A cantora, que se apresentará amanhã em Porto Alegre e nesta semana também no Rio (21), em São Paulo (23 e 24) e no Recife (27 e 28), pediu licença ao público para treinar uma música em português.

"Como vou ao Brasil, queria praticar essa música de Chico Buarque", avisou. Lendo a letra, entoou então "Cálice", de Chico e Gilberto Gil, ainda pronunciando vinho e sangue em espanhol.

Muitos de seus hits, como já era esperado, também entraram no repertório --caso de "Diamonds & Rust" e "We Shall Overcome", além da versão folk de "Imagine", de John Lennon.

Também não poderiam faltar os temas de autoria de seu ex-namorado Bob Dylan, como "Farewell Angelina".

Para a alegria do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que adora cantar a música, "Blowin' in the Wind" é presença certa.

Antes de deixar o palco, Baez justifica o título de musa da canção de protesto dos anos 60 e se despede, entoando à capela "No nos Moverán".


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