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Televisão

'Dr. House da psicologia' protagoniza série

Produção escrita por Contardo Calligaris, que estreia hoje na HBO, tem personagem atraído por casos desafiadores

Com 13 episódios, primeira temporada do seriado aborda temas como autismo e automutilação

FERNANDA REIS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os problemas dos outros nos fascinam porque são uma porta de acesso às nossas próprias questões. A opinião é de Contardo Calligaris, psicanalista e colunista da Folha, autor de "Psi", série que estreia hoje na HBO e na qual transtornos variados não faltam.

Os 13 capítulos acompanham Carlo Antonini (Emílio de Mello), psicanalista com atração por casos desafiadores. Uma espécie de doutor House, da série homônima, da psicologia. A cada episódio, de uma hora de duração, Carlo se envolve com um personagem diferente.

Segundo Maria Ângela de Jesus, diretora de produções originais da HBO na América Latina, o canal não tinha interesse, inicialmente, em uma série sobre psicologia.

"A HBO não escolhe temas, escolhe talentos e vê o que querem fazer. A gente sempre lia a coluna do Contardo na Folha, discutia, gostava."

Depois de algumas conversas, o autor pensou que seria interessante levar à tela da TV o personagem Carlo Antonini, de seus livros "O Conto do Amor" e "A Mulher de Vermelho e Branco". As histórias do seriado são inéditas.

Segundo Maria Ângela, o canal não se preocupa com uma comparação com a série "Sessão de Terapia", sucesso do GNT. "São séries diferentes. Lá o foco é a história dos pacientes, aqui é o psi'."

PRESENÇA NO SET

Calligaris assina o roteiro com Thiago Dottori ("Pedro e Bianca"). Sobre a experiência, diz: "É melhor sacrificar pretensões estilísticas e ser claro. É uma forma pouco cansativa de escrever porque você engaja pouquíssimo narcisismo".

Para tratar dos temas corretamente, Calligaris esteve bastante presente no set. "Ele enlouqueceu um pouco a produção", brinca Maria Ângela. O autor explica que algumas coisas eram difíceis de colocar no roteiro.

"Um psi', por exemplo, nunca responde quando o paciente se despede e diz muito obrigado'. O Emílio, que é um cara educado, às vezes respondia de nada' no reflexo. Aí eu falava com ele", conta.

Na estreia, serão exibidos os dois primeiros episódios em sequência, estratégia que o canal tem adotado com algumas produções.

"O piloto apresenta a série. É no segundo que ela, de fato, alavanca e ganha corpo", explica Maria Ângela.

No primeiro capítulo, Carlo se interessa pelo caso da filha criança de uma malabarista, que havia recebido o diagnóstico de autismo.

No segundo, ele tenta se aproximar da namorada de seu enteado, que se automutila, com a ajuda da colega e amiga Valentina, personagem de Claudia Ohana.

Para criar os casos da série, Calligaris se inspira em suas leituras e em suas quase quatro décadas em clínicas. "É uma massa de histórias que chegaram à minha vida. São histórias que passaram a ser parte da minha história."

A HBO aguarda a recepção do público para decidir sobre uma segunda temporada da série. Emílio já se coloca à disposição: "Faria quatro, cinco temporadas. É um personagem muito rico".


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