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Clipe cresce em importância, diz diretor

Para o fotógrafo americano Nabil Elderkin, formato antes em crise está mais vivo do que nunca hoje na internet

Parceiro do rapper Kanye West, diretor dá hoje palestra sobre seus vídeos no Music Video Festival, em São Paulo

GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULO

O videoclipe está mais vivo e importante do que nunca. Para o fotógrafo e diretor Nabil Elderkin, após anos de incerteza quanto à longevidade do formato, com perda crescente de espaço na TV mundial, o clipe se firmou na internet e não para de crescer.

"Os melhores clipes às vezes são os mais simples, e hoje é possível fazer um vídeo muito legal com a câmera do iPhone, por exemplo. O que importa é você ter um bom conceito e publicar o seu trabalho nas redes sociais", diz à Folha o americano de origem iraniana.

Elderkin, 31, atualmente um dos nomes mais requisitados para filmar artistas pop, está em São Paulo para participar do Music Video Festival. Hoje, às 18h30, no MIS (Museu da Imagem e do Som), ele fará palestra falando sobre suas criações.

Durante o evento, exibirá em primeira mão o clipe da canção "Pretty Girls", da banda sueca Little Dragon.

Esta é a sexta visita de Elderkin ao Brasil, seu "país preferido". As vindas frequentes se devem especialmente à gravação de clipes. Foi no Rio que rodou um dos primeiros da sua carreira, para "P.D.A. (We Just Don't Care)", do cantor de R&B John Legend, lançado em 2007.

De lá para cá, já dirigiu, entre outros, Frank Ocean, Bon Iver, Arctic Monkeys, Nicki Minaj, Foals e Kanye West.

Com o último, as parcerias são de longa data e começaram graças a uma estratégia do fotógrafo. Fã do rapper conterrâneo --ambos são de Chicago--, Elderkin comprou o domínio kanyewest.com quando o cantor tinha pouco destaque. O objetivo era usar isso de isca para conhecê-lo.

Deu certo. Quando a gravadora de West quis adquirir o domínio, Elderkin negociou em troca o direito de fotografar o rapper. Tornaram-se amigos e, desde então, além de clipes, lançaram o livro "Glow in the Dark", com imagens da turnê homônima.

Em breve, deve sair mais um registro visual, desta vez, da turnê "Watch the Throne", de West com o rapper e produtor Jay-Z. Será "algo maior" que um livro, diz Elderkin, sem dar mais detalhes.

Perfeccionista assumido, o fotógrafo diz gostar de acompanhar todas as etapas de produção de seus filmes. "Sempre imagino pequenas histórias para as músicas", diz. "Se tenho uma visão na minha mente, quero me certificar de que ela saia exatamente como imaginei."

Para contar suas histórias, no entanto, não planeja adotar recursos de interatividade com o espectador, como fez o rapper Pharrell Williams no clipe de "Happy", em que é possível saltar no tempo.

"Acho isso comercial demais", diz. "Espero que não seja esse o futuro do clipe."


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