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Sob sol escaldante, Johnny Marr desfila hits para além dos Smiths
SYLVIA COLOMBO DE SÃO PAULODesbancado do horário nobre, o veterano Johnny Marr, 50, teve de tocar debaixo do sol escaldante que castigava Interlagos no começo da tarde de ontem.
O guitarrista, um dos criadores da banda Smiths, não se intimidou com o calor e se apresentou vestido de cores escuras e com a camisa esticada até os pulsos. Fez um dos melhores shows do Lollapalooza.
Em pouco menos de uma hora, desfilou canções de diferentes fases da carreira, num show que já vem mostrando desde 2013, quando lançou o bom álbum "The Messenger".
Marr não deu sinais de ainda sentir dor em uma das mãos, que quebrou há algumas semanas ao cair, enquanto corria, em Londres.
Havia um público expressivo para o horário, que dançou e cantou os temas mais batidos. Podia-se ver camisetas do Oasis e do Coldplay, bandas que declaram influência direta do guitarrista.
O repertório solo deu mostras de quão variadas foram as colaborações de Marr depois do fim dos Smiths, em suas passagens e colaborações com artistas como Pretenders, Paul McCartney, The The, Electronic e Modest Mouse. Caiu bem, também, o cover "I Fought the Law" (The Crickets).
"Eu tenho muitos amigos", disse, antes de emendar. "Essa é para os meus velhos amigos." Introduziu, assim, "Bigmouth Strikes Again", uma das quatro dos Smiths que interpretou. O público pulou e cantou junto.
A primeira foi "Stop Me If You Think You've Heard This One Before", bem ao princípio. As outras duas fizeram parte do último bloco, que contou com a participação de Andy Rourke, lendário baixista dos Smiths.
Os dois emendaram "How Soon Is Now?", bem mais consistente do que a versão que Morrissey canta em seus shows, e "There Is a Light that Never Goes Out", que encerrou a apresentação.
