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Corpo de José Wilker é cremado no Rio

Ator, que morreu de infarto no sábado, aos 69 anos, foi velado no palco do Teatro Ipanema, onde estreou em 1969

Local foi decorado com fotos de atuações; 'debochávamos muito da vida', disse o amigo e colega Ary Fontoura

DO RIO

Foi no mesmo palco em que José Wilker estreou, no Teatro Ipanema, que amigos, familiares e fãs se despediram do ator, morto no sábado, 5, aos 69 anos.

Wilker teve um infarto enquanto dormia. Ele estava na casa da namorada, a jornalista Cláudia Montenegro, em Ipanema (zona sul do Rio), para onde tinha ido após jantar num restaurante.

O velório aconteceu até as 15h de ontem, quando o corpo foi levado, sob aplausos, para o Memorial do Carmo, no cemitério do Caju, zona norte. Lá, foi cremado em uma cerimônia para familiares e amigos mais próximos.

No Teatro Ipanema, Wilker começou substituindo outro ator em "O Assalto", de José Vicente, em 1969, ganhou o prêmio Molière por "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", em 1970, e consolidou a carreira no teatro.

Uma pequena fila se formou desde cedo na rua. O caixão estava no centro do palco, decorado com fotos de Wilker em cenas de algumas das peças em que atuou.

O ator deixa duas filhas: Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres.

"Todos estamos arrasados. Não se explica a dor. Temos que lembrar desse grande homem, sofisticado, de uma fina ironia", afirmou Tony Ramos no velório.

ENSAIO

O ator Ary Fontoura contou ter estado com José Wilker na última sexta-feira, ensaiando a peça "O Comediante", dirigida pelo colega.

"Debochávamos muito da vida. Ele tinha uma linguagem popular muito direta que combinava com esse humor. Era um sujeito muito bacana", disse Fontoura.

Autor, diretor e crítico de cinema, Wilker nasceu em Juazeiro do Norte (CE) e passou a maior parte da vida no Rio. Além de teatro, fez cerca de 30 novelas e 50 filmes.

"A primeira peça que vi com ele foi O Trágico Acidente que Destronou Teresa' [1968]. Me apaixonei por ele em cena, e depois trabalhamos inúmeras vezes juntos. Ele influenciou uma geração inteira", disse a atriz Renata Sorrah.

"Eu me considero hoje a mais viúva de todas as atrizes", disse a atriz Susana Vieira, que contou ter vivido um "casamento de 42 anos" com Wilker, por ter feito com ele a novela "O Bofe", em 1972.


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