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Ilustrada

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Cores e filtros reforçam trama em 'Meu Pedacinho de Chão'

ALEXANDRA MORAES EDITORA-ADJUNTA DA "ILUSTRADA"

A novela "Meu Pedacinho de Chão" chegou como uma espécie de casa de doces de João e Maria.

Sob direção rigorosa de Luiz Fernando Carvalho, a trama de Benedito Ruy Barbosa tenta seduzir o espectador pela alta variedade de cores de guloseimas e texturas, em geral rejeitada pela TV fora da faixa infantil.

Mas o deslocamento, na estreia, não foi só estético. Fez-se sentir também nos números: 19 pontos no Ibope, segunda pior estreia no horário ("Lado a Lado" deu 18 em 2012). Cada ponto são 65 mil domicílios da Grande SP.

Os personagens têm extremos docemente maniqueístas: opõem-se nos cenários cor-de-cupcake o malvado e politiqueiro coronel Epaminondas (Osmar Prado) e a boazinha professora Juliana (Bruna Linzmeyer). Ele também está às turras com o filho, Ferdinando (Johnny Massaro), que Epaminondas pretendia "doutor".

As imagens, à primeira vista infantilizadas, ganham relevo com cores e efeitos de funções dramatúrgicas. Boas atuações e mão firme na direção dão sentido à trama.

Perucas coloridas, campos de flores e interiores à moda de Tim Burton reforçam que talvez não se trate de algo ordinário. O encurtamento da novela, que passa dos cerca de 170 capítulos para uma centena, alinha o condensamento visual ao da história.

A produção, um remake da trama que no início dos anos 1970 ajudou a solidificar a "novela das seis" na grade da emissora, talvez ajude, agora, a diluir esse conceito.


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