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Crítica

'Inocência' mostra duelo entre a paixão e as convenções sociais

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

No cinema brasileiro, violento como nossa sociedade, Walter Lima Jr. irrompe como exceção: é a delicadeza que importa e que leva à beleza.

Mas não se trata de um cinema da falsa harmonia das comédias alienadas. Em "Inocência" (Futura, 22h; 12 anos), estamos num Brasil ainda mais rígido que o atual: no século 19, quando o médico Cirino (Edson Celulari) e a jovem Inocência (Fernanda Torres) se apaixonam. Problema: ela já está prometida pelo pai a um outro homem.

Estamos, então, no território da honra, da palavra dada. E Walter Lima filma o romance de Taunay como a intervenção do homem buscando reprimir um destino que só se pode conter à força.

Mas não é marra que conta no filme, e sim o duelo silencioso entre a paixão e as convenções sociais. A violência não dobrará a beleza, a elegância ou a delicadeza.


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