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Análise

Tunga usa imaginário erótico com fortes acentos surrealistas

Trabalhos do artista são contraponto à arte conceitual, lidando com o confronto entre elementos diferentes

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

O artista brasileiro Tunga encarna uma vertente muito potente, mas pouco explorada na produção contemporânea. Ele usa um imaginário erótico e com fortes acentos surrealistas, que tem por base os desejos de transformação dos anos 1960.

Com isso, Tunga deu continuidade a uma das questões mais importantes no desenvolvimento da arte brasileira naquele momento, período protagonizado por artistas como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape. A partir do movimento neoconcreto essa tríade defendeu a incorporação do corpo do espectador na realização de uma obra de arte.

Os trabalhos de Tunga são contraponto à chamada arte conceitual, que privilegia o uso da razão para a fruição da obra. Ele criou um conjunto de obras que lida com a experiência e o confronto com vários elementos.

É o caso de ambientes compostos por vasilhames com líquidos vermelhos, como "True Rouge", o primeiro pavilhão de Tunga, em Inhotim, Brumadinho. Lá, em um pavilhão inaugurado recentemente, sua obra pode ser vista e sentida de forma ampla.

Um dos brasileiros com maior prestígio internacional, sua consagração ocorreu em 1997, quando participou da Documenta de Kassel, mostra que ocorre a cada cinco anos e é considerada o Olimpo das artes visuais.

Tunga apresentou lá duas "instaurações", termo que cunhou para performances que se transformam em instalações: "Experiência Fina Física Sutil" e "Debaixo do Meu Chapéu". Podem ser vistas em Inhotim.

Ele busca congregar diversas formas de conhecimento, mas colocando a poesia como eixo central de suas misteriosas orquestrações.


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