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Revelação inglesa, Bastille ganha fãs com rock sombrio

Primeiro álbum da banda londrina chega ao Brasil em edição dupla, encabeçado pelo hit pessimista 'Pompeii'

Grupo liderado pelo vocalista Dan Smith trabalhou com o cineasta americano David Lynch em remix

GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULO

O vocalista Dan Smith jura que levou "muito tempo" até o seu Bastille chegar ao topo das paradas. Como a maioria dos iniciantes, o grupo londrino amargou noites de pouco público em pubs antes de se ouvir tocar no rádio.

Para quem olha de fora, no entanto, a banda criada em 2010 pegou depressa seu lugar, misturando synthpop (estilo marcado por sintetizadores) com indie rock e evocando imagens pessimistas nas letras. O hit de refrão dançante "Pompeii", por exemplo, fala de uma cidade que desaba em meio à escuridão.

No último Brit Awards, maior prêmio da música britânica, o Bastille foi eleito a revelação de 2013, com apenas um álbum no currículo, "All This Bad Blood".

O CD de estreia, lançado em março do ano passado, já vendeu mais de 2 milhões de cópias. Em edição especial com dois discos, o trabalho chega agora ao Brasil.

"Fizemos um álbum que amamos e nos divertimos muito. Não tínhamos nenhuma expectativa. As pessoas receberam bem essas canções e não tenho a menor ideia de por que gostaram", diz o vocalista à Folha, em entrevista por telefone.

Smith, 27, é o líder e principal compositor do grupo. Antes de se juntar a Kyle Simmons, 26, Will Farquarson, 29, e Chris "Woody" Wood, 28, usava o nome Bastille na carreira solo. A escolha vem do dia do seu aniversário, 14 de julho, queda da Bastilha.

Além do público jovem, a banda conseguiu chamar a atenção do cineasta e músico americano David Lynch, 68. Remixaram a faixa "Are You Sure" no último disco de Lynch, a convite dele.

"Foi incrível. Ele é um dos meus maiores ídolos e ainda nos chamou para tomar café", conta Smith, só orgulho.

A admiração por Lynch é tanta que já estava registrada na música "Laura Palmer", gravada originalmente pelo grupo em 2011. A faixa leva o nome da personagem principal da série de suspense "Twin Peaks" (1990), criação do diretor.

Assim como a música de Lynch não permite classificação fácil, Smith espera que o Bastille não se encaixe em rótulos. Na sua mão, por exemplo, o hit "The Rhythm of the Night", sucesso da brasileira Corona no início dos anos 1990, ganhou contornos sombrios em uma versão.

"Nós construímos canção a canção. Algumas são muito eletrônicas, outras mais roqueiras, com muita bateria", diz ele, que planeja ter mais sons eletrônicos no segundo disco, já em preparação.


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