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Televisão

Globo estreia sua primeira 'dramédia'

'Segunda Dama', estrelada por Heloísa Périssé, conta a história de duas gêmeas que decidem trocar de vidas

Wolf Maya, diretor de núcleo, já tratou do tema no remake da novela 'Mulheres de Areia' (1993)

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Após uma leva de séries policiais e de humor, a TV Globo se prepara para estrear sua primeira "dramédia", como é chamado o gênero que une comédia ao drama, na próxima quinta-feira.

"Segunda Dama", estrelado por Heloísa Pérrissé, conta a história clássica das irmãs gêmeas idênticas que se reencontram após anos separadas. Sem ninguém saber, decidem trocar de vidas.

O enredo é batido, reconhece a atriz, que também assina os roteiros junto a Paula Amaral e Isabel Muniz.

"Mas ninguém ama o desconhecido", diz. "Quando você vai a um show de rock, quer ouvir o hit", completa.

Segundo a atriz, o diferencial desta trama é o mix de romance, mistério e suspense acrescentados ao roteiro.

Na história, as gêmeas se separam aos nove anos, após uma tragédia familiar. Analu fica rica após casar com um herdeiro de frigoríficos. Já Marali é vendedora de sacolé no Piscinão de Ramos.

"Eu fiz um trabalho de cisão entre as duas no bisturi, como se o signo virasse entre o nascimento de uma e outra: escorpião e sagitário", afirma Heloísa Périssé.

Analu, explica a atriz, é escorpião, mais sexual e misteriosa. Marali é sagitário, totalmente solar. "Me falaram que isso não faz sentido, que gêmeos não podem ter signos diferentes, mas é minha licença poética."

Wolf Maya, diretor de núcleo responsável pela série, se diz confortável com o tema, que tratou no remake de "Mulheres de Areia" (1993), com Glória Pires interpretando as gêmeas Ruth e Raquel.

"Naquela época, a Glória foi a dona da novela. Agora, a Helô faz essa interpretação de forma intensa e divertida."

CARA DE CINEMA

"Segunda Dama" faz parte do esforço da Globo em suprir a demanda por séries semanais com arco dramático que perdura por temporadas.

Além dela, neste ano a emissora exibiu tramas como a comédia "Doce de Mãe", com Fernanda Montenegro, e os policiais "A Teia", com João Miguel, e "O Caçador", com Cauã Reymond.

Seja pelo horário de exibição (geralmente às 23h) ou pela dificuldade de realizar o formato ainda novo no país, as séries não conseguiram muita repercussão.

Wolf Maya acredita que o esforço é válido. "O formato faz parte da dramaturgia contemporânea e o espectador tem evoluído muito. A comédia faz com que tudo fique mais fácil. Seriados com senso de humor atraem mais."

Maya diz que considera mais difícil fazer uma série que uma novela, apesar dessa última ter "mais riqueza de tramas e personagens".

Para fazer a "Segunda Dama", a direção foi semelhante à de teatro, com ensaios de dois meses. Ainda assim, o diretor diz que a série tem "cara de cinema" por usar locações externas como o Piscinão de Ramos.

"Tentamos resgatar o humor carioca de subúrbio com comediantes novos", diz.

Também integram o elenco Dan Stulbach, Elizângela Vergueiro, Hélio de la Peña, José Loreto, Laura Cardoso, Zezeh Barbosa e João Pedro Zappa.


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