Folha de S.Paulo

Crítica

'A Família Lero-Lero' retrata costumes da década de 1950

É estranho como os filmes mais duradouros (isto é, ainda visíveis como prazer e informação) são, quase sempre, os menos pretensiosos. Tome-se o caso de "A Família Lero-Lero" (Cultura, 15h30).

Nesta comédia dirigida por Alberto Pieralisi, Walter D'Ávila é um funcionário público às voltas com filhos mimados e uma mulher, Isolina, que os mima. Tudo fica nas costas do pobre funcionário. Até que este decide dar um golpe e se refugiar no Guarujá.

Há muito humor (D'Ávila era um talento, no mais) ali, mas, sobretudo, podemos ver não apenas como era São Paulo (e Guarujá) em 1953, como observar certos usos e costumes do período.

Além, claro, do roteiro de Alinor Azevedo, primeiro mestre brasileiro da função, e da fotografia de Edgar Brasil (de "Limite"), que aqui assina Edgar Eichhorn.