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Televisão

Globo tenta chamar público jovem com 'Tá no Ar' gratuito na internet

Na TV, humorístico de Marcelo Adnet e Marcius Melhem é prejudicado por horário de exibição

Com esquetes que parodiam gêneros e tipos da televisão, programa tenta reproduzir 'zapeada'

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Exaltado pela crítica, o novo humorístico da Globo encabeçado por Marcelo Adnet e Marcius Melhem, "Tá no Ar", deve muito à internet.

Disponibilizado no portal de entretenimento da Globo, o GShow, o programa é o único sem a cobrança de assinatura, o que não acontece com as outras atrações do canal.

No dia seguinte à estreia, foi responsável por 14% da audiência do site de variedades, chamando público para a TV no programa seguinte.

Na televisão, desde que foi ao ar, há pouco mais de um mês, o programa conseguiu aumentar em um ponto a média do horário, de 9 para 10, na Grande São Paulo, segundo o Ibope (cada ponto corresponde a 65 mil domicílios).

Ciente de que seria transmitido após a faixa nobre em um horário difícil --foi exibido a partir da meia-noite na última semana--, Melhem, o idealizador, pediu para que fosse disponibilizado integralmente na internet.

"A gente achou que ele iria viralizar', que a juventude o consumiria e, ao mesmo tempo, que seus quadros de um, dois minutos seriam fáceis de compartilhar", afirmou o comediante à Folha.

O diretor Maurício Farias, que está por trás de uma das cinco maiores audiências da Globo, a série "Tapas e Beijos", diz ver na internet "um caminho para trazer o público jovem para a TV aberta".

Segundo ele, os jovens não têm "o hábito que gerações mais velhas têm de ver TV".

Transmitido às quintas na Globo, "Tá no Ar" é um programa de esquetes que tenta simular a "zapeada", quando o espectador troca de canais rapidamente para procurar uma atração na TV. Desta forma, alguns quadros têm poucos segundos.

A ideia é satirizar a programação televisiva, não só da Globo, mas de outros canais e comerciais.

"O universo da TV é tão vasto que acho difícil esgotar nossas possibilidades. Os programas estão cada vez mais estranhos, principalmente se você tem TV a cabo. São coisas fora da lógica, bizarras, toscas, e legais também", diz Marcelo Adnet.

Entre os quadros mais populares está o "Jardim Urgente", uma paródia de programas policiais, mas com elementos infantis. Segundo os humoristas, que com o diretor assinam o texto final, nada é inspirado em um caso específico, mas em gêneros e tipos.

"Até agora, ninguém reclamou de se ver ali. Ao contrário, tem gente querendo participar", afirma Adnet.

Os dois são unânimes em falar que, assim como acontece na internet, têm liberdade total para abordar qualquer tema ou personagem. "A gente se preparava para alguma coisa não passar. Mas passou tudo", diz Adnet.

A primeira temporada de "Tá no Ar" tem nove episódios e termina no dia 5 de junho, quando apresenta um especial de Natal.


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