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Crítica show

De volta à Goiânia, Boogarins toca delicioso arsenal de distorções

AURÉLIO ARAÚJO ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA

A banda Boogarins subiu ao palco do festival Bananada, em Goiânia, por volta das 23h50 de sábado (17).

Era a volta dos filhos pródigos à terra natal, logo após uma turnê pela Europa e pelos EUA, engatada depois de assinarem com o selo americano Other Music (da mesma gravadora de Iggy Pop).

O quarteto não decepcionou seus conterrâneos: o Boogarins desfilou seu arsenal de distorções e sons esquisitos deliciosos.

A maioria deles vinha da guitarra de Benke Ferraz, cheia de pedais --que chegou a se ajoelhar, sumindo da vista de quem observava de lá do fundo, apenas para brincar com os recursos.

Um dos pontos altos do show foi "Lucifernandis", quinta do repertório e música que abre o único disco da banda, "As Plantas que Curam". Cantada pela maioria dos fãs, ela foi marcada pelo impressionante vocal quase feminino de Fernando Almeida, o Dinho.

Com sua cabeleira carismática, Dinho comandou a entrega do Boogarins no palco. O quarteto goiano abusou do instrumental, deixando à vontade quem queria "viajar" de olhos fechados com sua música psicodélica.

Sem alguns de seus efeitos característicos de estúdio, a banda ao vivo chega a soar ainda mais como os australianos do Tampe Impala.

Mas, ao cantar em português, o Boogarins parece reforçar seus laços também com influências nacionais, como Clube da Esquina e principalmente Os Mutantes.

O público reconheceu o quanto a banda estava à vontade em sua casa, e respondeu bem. Quando Dinho anunciou que iriam tocar a última música, o hit "Doce", quem não havia se soltado até lá aproveitou a deixa.

Encaixada estrategicamente entre dois "headliners" mais conhecidos (Bidê ou Balde e Móveis Coloniais de Acaju), a banda fez show de gente grande. E saiu muito aplaudida.


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