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Escalação reúne veteranos e a revelação Chris Botti
DO EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"A palavra "jazz" no nome de um festival há muito tempo deixou de realmente delimitar o estilo como determinante do evento. Bruce Springsteen foi recentemente o destaque do Festival de Jazz de New Orleans. No caso do BMW, a escalação é bem fiel a um formato mais tradicional de jazz.
Segundo a diretora artística Monique Gardenberg, "é uma proposta clara da curadoria. A vocação maior do festival é mesmo o jazz mainstream". Nessa fatia de gênero, a quarta edição do evento contempla gerações diferentes de músicos.
O currículo mais impressionante é do pianista Ahmad Jamal, 83, há cinco décadas liderando grupos e tocando com as maiores estrelas do jazz --Miles Davis adorava dividir o palco com ele.
Muito ativo, ele deve mostrar algumas músicas do ótimo disco que lançou em 2013, "Saturday Morning".
O festival vai apresentar ao Brasil o trompetista Chris Botti, 51, que se transformou nesta década no grande vendedor de jazz instrumental nos EUA. Seus quatro últimos álbuns chegaram ao topo da parada da "Billboard".
Segundo Gardenberg, "a sonoridade suave do seu trompete poderia ser o maior castigo para Botti, como acontece com o saxofone do Kenny G, por exemplo. No entanto, ele não se faz refém desse lugar confortável e apresenta no palco um show nocauteante', como definiu o New York Times'".
O contrabaixista Dave Holland, 67, e o saxofonista Kenny Garrett, 53, outros ex-colaboradores de Miles Davis, são nomes consagrados.
No terceiro dia do festival em São Paulo, dois combos dançantes abrem a noite para o cantor Bobby McFerrin: a big band Snarky Puppy, do baixista Michael League, que estreia no Brasil, e a SpokFrevo Orquestra.
O grupo liderado pelo saxofonista pernambucano Inaldo Cavalcante de Albuquerque, o Maestro Spok, mostra seu segundo disco de estúdio, "Ninho de Vespa", lancado no ano passado.
