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Novo 'X-Men' tem viés político bem marcado

Em 'Dias de um Futuro Esquecido', personagens se unem para travar guerra contra robôs criados por americanos

'Os mutantes são ameaçados por serem diferentes', afirma o ator Patrick Stewart, o Professor Xavier

FERNANDA REIS DE SÃO PAULO

Como bom filme de super-heróis, "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" apresenta batalhas cheias de efeitos especiais, reviravoltas mirabolantes, mocinhos bombados e um vilão maléfico. Algo, porém, o distingue de outros filmes de ação: um viés político bem marcado.

A discussão da intolerância e da perseguição às minorias está, de certa forma, presente desde o primeiro filme da franquia, lançado em 2000 --já que seus protagonistas mutantes são discriminados por humanos aterrorizados por suas diferenças.

Mas o sétimo filme, que chega nesta quinta (22) aos cinemas, coloca essa discussão ainda mais em evidência, pois retrata um futuro distópico no qual o governo americano cria robôs capazes de localizar e destruir qualquer um com mutações genéticas.

Os rivais Xavier e Magneto se unem, então, para travar uma batalha em defesa de sua minoria mutante. Para dar fim ao conflito, eles enviam Wolverine (Hugh Jackman) ao passado, na tentativa de impedir que aconteçam os fatos que levaram à guerra.

Nessa missão, o mutante conta com a ajuda dos jovens Xavier e Magneto, vividos por James McAvoy e Michael Fassbender respectivamente.

"O que é diferente neste filme, em relação aos outros da franquia, é que pontos de vistas distintos dentro da sociedade dos mutantes se unem contra seus inimigos em comum", diz Patrick Stewart, o Professor Xavier, à Folha.

"Há um simbolismo aí sobre como pessoas com diferenças muito grandes podem se juntar se pensarem num objetivo final."

McAvoy diz acreditar que é a discussão do preconceito que mantém a franquia atual após 14 anos de sua estreia nos cinemas e mais de cinco décadas nos quadrinhos.

"Ainda temos perseguição a minorias étnicas, políticas e religiosas. Talvez não esteja acontecendo com você, mas não é preciso olhar muito longe para encontrar alguém que passe por isso", afirma o ator. "Os mutantes são ameaçados por serem diferentes e por isso sempre serão relevantes."

O ator conta que foi "amedontrador e divertido" dividir o papel de Xavier com Stewart --com quem chega a contracenar em uma cena."Eu não me via como um Charles Xavier nato, o que foi bom, porque pude levar o personagem em uma direção diferente da de Patrick", diz.


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