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Chris Botti toca em SP jazz temperado com pop e clássicos

Trompetista de 51 anos, que já esteve no país com Paul Simon e Sting, se apresenta hoje no BMW Jazz Festival

Eclético, repertório de músico americano inclui hits e melodias extraídas de óperas e de trilhas de filmes

CARLOS CALADO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um bem-humorado comentário de uma revista de Minneapolis (EUA) sobre o trompetista Chris Botti, anos atrás, continua válido para o público brasileiro. Ao menos até esta sexta (30), quando esse fenômeno de vendagem de discos entrará no palco do BMW Jazz Festival.

"Se você nunca ouviu falar sobre Chris Botti, não se surpreenda. Tudo indica que: a) você, provavelmente, é homem; b) não assiste à TV durante o dia; c) seu iPod não contém uma pasta de música romântica."

O público feminino certamente estará em peso na plateia do festival. Afinal, a boa pinta desse americano de 51 anos também explica seu sucesso, além do som delicado de seu trompete e do repertório eclético, que inclui canções pop e melodias extraídas de óperas, da música clássica ou de trilhas do cinema.

"Já toquei aqui com Paul Simon, em 1991, e com Sting, em 2001, mas para mim será como uma estreia", diz Botti à Folha, referindo-se ao fato de que vai apresentar seu show solo pela primeira vez no Brasil.

No palco, além de contar com conceituados músicos de jazz, como Geoffrey Keezer (piano), Billy Kilson (baterista) e Leonardo Amuedo (guitarra), Botti terá convidados especiais: a violinista Caroline Campbell e os cantores Sy Smith e George Komsky.

"Cresci como músico de jazz, mas meu envolvimento com artistas da música pop, como Sting e Joni Mitchell, me mostrou que esse universo tem um nível de sofisticação que pode ser explorado por um jazzista", diz.

Botti diz que a preocupação em atingir plateias cada vez mais amplas reduziu, progressivamente, a porção jazzística de seu repertório. "Muito do sucesso que consegui nos últimos sete anos tem a ver com meu ingresso no mundo do crossover' clássico", reconhece.

"Peças que eu toco hoje, como Time to Say Goodbye' ou Emmanuel', já não têm a ver com o vernáculo jazzístico, mas sim com a noção de tocar trompete ao estilo do bel canto' da música lírica", afirma. "Sou um grande admirador de Miles Davis e de Wynton Marsalis. Aprendi muito com eles, mas hoje meu show está bem mais próximo da música clássica".


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