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'Junho' leva ao cinema os protestos de 2013 no país

Filme da Folha mostra escalada da violência nos atos que tomaram as ruas

Produção, que também estará no catálogo do iTunes, reúne imagens captadas pelo 'TV Folha' e depoimentos

SYLVIA COLOMBO DE SÃO PAULO

As maiores mobilizações políticas do país desde as que pediam o impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992, chegam aos cinemas brasileiros e ao catálogo do iTunes para mais de 90 países a partir de quinta-feira (5).

Com produção da Folha e distribuição da O2 Play, o longa "Junho" foi dirigido pelo fotógrafo João Wainer, usando imagens colhidas pela equipe de reportagem do "TV Folha" durante as semanas de manifestações em São Paulo, Rio, Brasília e outras cidades brasileiras em junho do ano passado.

A cobertura dos protestos recebeu o prêmio Esso de "Melhor Contribuição ao Telejornalismo", de 2013.

A estreia, nos Espaços Itaú de Cinema de São Paulo, Santos, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Brasília, acontece a uma semana do início da Copa do Mundo, que se transformou em alvo de ataques dos manifestantes.

"Era essencial lançá-lo agora. É um registro profundamente vinculado ao que vai acontecer no Brasil nas próximas semanas", diz Wainer.

Motivados pelo aumento das tarifas do transporte público, os protestos mobilizaram, inicialmente, estudantes universitários.

Num segundo momento, porém, a adesão de diferentes grupos da sociedade multiplicou a pauta de reivindicações, levando milhões de pessoas às ruas do país.

O incômodo com os volumosos gastos públicos gerados pela preparação para a Copa, a corrupção, o sistema de representação através de partidos e o governo nacional do PT se transformaram em alvos dos manifestantes.

VIOLÊNCIA

O filme foca especial atenção na escalada da violência, tanto da parte da polícia, acusada de cometer abusos e ferir jornalistas, como de grupos como os "black blocs", que causaram depredação de veículos e prédios públicos em várias cidades.

"Foi importante para nós explicar o papel da mídia. Mostramos abertamente como houve mudança de avaliação dos eventos nos grandes jornais e como isso influenciou o que estava acontecendo nas ruas", diz o diretor.

Nos primeiros protestos, os grandes jornais paulistanos, Folha inclusive, posicionaram-se a favor da repressão ao que consideraram "vandalismo". Com o aumento da violência policial, adotaram um tom mais equilibrado.

O filme traz o relato da repórter da Folha Giuliana Vallone, ferida no olho direito por uma bala de borracha.

Para captar as imagens, foram usados drones (pequenas aeronaves não tripuladas) de forma pioneira em coberturas dessa natureza.

Além das imagens das ruas, "Junho" traz depoimentos de manifestantes, jornalistas e intelectuais, como Janio de Freitas, Clóvis Rossi, Bruno Torturra, Marcos Nobre, Demétrio Magnoli e Juca Kfouri, e representantes da polícia, entre outros.


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