Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Osesp apresenta hoje e amanhã programa dedicado a compositor

JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Osesp fará na sexta (20) e no sábado (21) um programa dedicado a Heitor Villa-Lobos (1887-1959), regido por Isaac Karabtchevsky, empenhado no projeto de gravar com a orquestra a integral das sinfonias do compositor.

Serão interpretados o poema sinfônico "Uirapuru" (1917), a "Fantasia para Violoncelo e Orquestra" (1945), as "Bachianas Brasileiras nº 4" (1941) e a peça sinfônica "Mandu-Çarará" (1941). O solista, na "Fantasia", será Antonio Meneses.

O "Uirapuru" e "Mandu-Çarará" estarão no terceiro CD da integral de sinfonias, ao lado da "Sinfonia nº 12".

Mas se Villa-Lobos escreveu ao todo 11 sinfonias, como é que existe a de número 12? A resposta é simples. Uma das sinfonias, a de número 5, teve seus originais extraviados e continua a existir como referência vazia no catálogo.

Já estão disponíveis dois CDs, o primeiro com as sinfonias 3 e 4 e o segundo, com as 6 e 7. Pelo cronograma, em fevereiro de 2015 serão gravadas as sinfonias de número 8 e 9. As restantes sairão até 2017.

O "Uirapuru" tem a reputação de composição de baixa complexidade. "Ledo engano", diz Karabtchevsky, que identifica a introdução de novas sonoridades na obra do compositor, além da presença de um instrumento que caiu no esquecimento: o violinofone, com um cone metálico junto às cordas para a amplificação do som.

Em "Fantasia", o maestro terá entre os instrumentos um "novofone", espécie de precursor dos sintetizadores eletrônicos.

Em geral, diz o maestro, as partituras de Villa-Lobos apresentam pequenos problemas a serem resolvidos. São contradições, como as de um acorde que aparece em si bemol maior, mas reaparece em ré bemol menor.

Karabtchevsky diz que, aos 28 anos, ao reger no Rio seu primeiro concerto com obras do compositor, chegou a conversar com a viúva dele para resolver suas dúvidas.

Ela respondeu que Villa provavelmente cometia errinhos em razão do ambiente confuso em que escrevia. Sentava-se na sala, com as folhas de pentagrama sobre os joelhos, ligava o rádio e não impedia que os sobrinhos corressem enquanto brincavam.

A viúva disse ainda não ter cometido erros ao copiar os manuscritos do marido.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página