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Opinião

Pharrell vira rótulo forte num mercado de música disperso

Com apenas dois álbuns individuais, cantor e produtor é figurinha fácil nas gravações de dezenas de astros pop

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Se o ditado popular "dize-me com quem andas que te direi quem és" tiver algum fundamento, nem é necessário ouvir Pharrell Williams para constatar sua condição de estrela do pop.

Ele aparece como convidado em gravações de Jay-Z, Britney Spears, Lenny Kravitz, Robin Thicke, Nelly, Ludacris, Snoop Dogg e Daft Punk, entre muitos outros.

São 46 singles lançados com crédito "featuring Pharrell" ("apresentando Pharrell"), além de mais 39 participações do cara em faixas de álbuns de outros artistas que não saíram como single.

As colaborações fluem nos dois sentidos. Pharrell já chamou para gravar com ele muita gente famosa, de Gwen Stefani a Kanye West.

O nome mais atuante na indústria fonográfica -seu currículo de produções é maior até que o do aparentemente onipresente Jay-Z- trabalha desde 1992, quando formou com Chad Hugo o duo de produtores The Neptunes.

A dupla evoluiu para uma banda em 2001, N.E.R.D., com a entrada de Shay Haley.

Mas são apenas dois os álbuns lançados como artista solo, "In My Mind" (2006), fraquinho, e "Girl" (2014), bacana. Isso é um atestado da extinção do formato álbum no consumo de música hoje. O som de Pharrell está pulverizado por toda parte, até onde a portabilidade alcança.

Afinal, que som é esse?

Pop, soul, hip hop, rhythm and blues, dance e, muito de vez em quando, alguma coisa de guitarras roqueiras. Às vezes, tudo ao mesmo tempo.

Não é fácil reconhecer uma "assinatura" de Pharrell em tantas produções em série.

Jay-Z, quando aceita trabalhar com alguém, costuma inocular elementos que fazem uma real transformação musical nos parceiros.

Já Pharrell atua com interferências menores, aplicando apenas um leve verniz pop.

Num mercado em que nome vale mais do que talento real, "featuring Pharrell" é um rótulo forte para ajudar a escalar as paradas.


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