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Crítica quadrinhos

Vida de Gabriel García Marquez combina bem com formato pop

CADÃO VOLPATO ESPECIAL PARA A FOLHA

Gabriel García Márquez, o Gabo, morreu em abril deste ano, aos 87, depois de uma longa vida coberta de glórias, que culminaram no prêmio Nobel de Literatura, em 1982.

Antes e depois do Nobel, porém, a vida de García Márquez não foi tão fácil assim, como está relatado em diversos livros sobre o escritor, incluindo a autobiografia "Viver para Contar", de 2002.

A vida do escritor é por si mesma um romance e tanto. Cabe muito bem num roteiro de cinema realista-fantástico e cai perfeitamente no formato pop de uma história em quadrinhos. Basta ler este excelente "Gabo "" Memórias de uma Vida Mágica", escrito e desenhado por cinco jovens artistas colombianos.

Óscar Naranjo fez o roteiro, e Miguel Bustos, Felipe Camargo, Tatiana Córdoba e Julián Naranjo entraram com os traços para contar a vida de Gabo a partir do nascimento na cidadezinha de Aracataca, passando pelas aventuras estudantis na Bogotá da década de 40, as viagens transformadoras pela Europa e por Cuba, em plena revolução, e fechando com a consagração do Nobel.

Mas é a epifania que levou o escritor à criação de sua obra-prima, o romance "Cem Anos de Solidão", que funciona como força motriz da história. Tudo circula ao redor desse momento decisivo, mostrando como o autor combinou a inspiração e a transpiração baseado nos acontecimentos decisivos da infância passada na casa dos avós.

O roteiro de Pantoja vai direto ao ponto, deixando entrar uns clarões fantásticos que têm tudo a ver com o universo de "Cem Anos...".

O resultado é de um frescor literário que as graphic novels não cansam de perseguir, às vezes batendo demais nas teclas da pretensão. Esta aqui é despretensiosa e cheia de devoção jovem pelo escritor colombiano que é um clássico universal.


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