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Rock velho é bom

Gênero celebra seu Dia Mundial e vai sobrevivendo de relançamentos e raridades dos baús de bandas como Led Zeppelin e Pink Floyd

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Este domingo, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. Mesmo sem muito para comemorar. O ano de 2014 chega à metade sem discos novos bacanas que indiquem algum fôlego nesse gênero musical quase sessentão.

A data nasceu em 1985, quando nesse dia foi realizado o Live Aid, concerto beneficente para vítimas da fome na Etiópia com shows simultâneos nos Estados Unidos e na Inglaterra.

A força do rock da época está estampada nos nomes presentes. Gente como U2, David Bowie, Queen, Who, Paul McCartney, Dire Straits e tantos outros, assistidos por 1,9 bilhão de pessoas pela TV.

Um evento dessa magnitude, hoje, exigiria a escalação de Jay-Z, Beyoncé, Daft Punk e Kanye West. Nas listas dos melhores discos do primeiro semestre recém-terminado, o jornal inglês "The Guardian" e a revista "New Yorker" só listaram hip-hop e eletrônico.

O único rock que mexe nas finanças das gravadoras vem do baú de bandas veteranas e/ou aposentadas.

O lançamento roqueiro que mais furor causou nos últimos meses foi criado entre 1969 e 1970. Trata-se do relançamento dos três primeiros álbuns da banda inglesa que praticamente formatou o rock pesado, o Led Zeppelin.

Além da remasterização, pilotada pelo guitarrista e criador da banda, Jimmy Page, 70, cada disco tem CD bônus.

O mais atraente é o que acompanha "Led Zeppelin" (1969), estreia da banda. Vem com um show gravado em Paris, no dia 10 de outubro de 1969. Ao lado de sete músicas do álbum, a apresentação mostra "Heartbreaker" e "Whole Lotta Love", lançadas apenas no disco seguinte.

"Led Zeppelin II" reúne várias versões alternativas das músicas do LP original e uma inédita, "La La". No caso de "Led Zeppelin III", são três faixas inéditas: as instrumentais "Bathroom Song" e "Jennings Farm Blues" e um medley de blues em "Keys to the Highway/Trouble in Mind".

Já disponíveis para download, os CDs chegam às lojas na próxima quinta-feira (17).

'NOVO' DO PINK FLOYD

Pior sorte para fãs do Pink Floyd, em espera angustiante depois que os remanescentes da banda, o guitarrista David Gilmour, 68, e o baterista Nick Mason, 70, anunciaram um novo disco para outubro, "The Endless River".

"Novo" é modo de dizer. Eles estão apenas retrabalhando bases musicais gravadas entre 1993 e 1994, durante a produção de seu último álbum de estúdio, "The Division Bell", lançado em 1994.

Segundo o anúncio de Gilmour, será um álbum quase todo instrumental, de "música ambiente". Impossível pensar em alguma coisa mais distante do rock and roll, mas fã que é fã vai comprar e dizer que gostou.


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