Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Dudu Bertholini cria para marcas populares

Com o fim de grife Neon, estilista produz desde itens de papelaria a malas de viagem

PEDRO DINIZ COLUNISTA DA FOLHA

Das produções faraônicas apresentadas na São Paulo Fashion Week e dos looks étnicos que chocavam a plateia dos desfiles só restaram alguns poucos caftãs de seda expostos na arara de uma butique paulistana.

A grife Neon fechou sua confecção no ano passado e, a partir de agora, se torna uma "fábrica de ideias e estampas", segundo o estilista Dudu Bertholini. Ao lado da amiga Rita Comparato, ele comandou por dez anos a marca, uma das mais tropicais da moda nacional.

"Não fazia mais sentido manter a produção se não tínhamos estrutura para nos manter com preços competitivos. Nossa roupa sempre foi mais conceito do que produto, então, decidimos vender esse conceito para outras marcas", diz Bertholini.

Das centenas de estampas do arquivo da Neon saíram sapatos para a marca Mr. Cat, roupas para a rede de lojas Riachuelo e embalagens para a linha de maquiagem de O Boticário.

Enquanto Comparato se dedica a criar vestidos de noiva sob medida, Bertholini segue carreira solo e licencia o estilo tropical que fez sua fama em redes e confecções de lojas populares.

Para ele, a principal diferença do estilo que imprime fora da grife é "o viés mais selvagem e rock'n roll das estampas". Ele também criou produtos de papelaria para a marca Pombo Lediberg e até malas de viagem para a Sestini.

"Estilista que não está em diversas plataformas fica para trás. Alguns colegas desprezam esse meio de negócio [os licenciamentos] porque acreditam que levar uma marca para fora do circuito fashionista destrói a aura exclusiva da grife", afirma Bertholini.

Ele questiona o significado de luxo: "O que significa essa palavra? Até a [grife italiana] Prada está mais popular".

FANZINE

Na casa do estilista, os tecidos da designer têxtil baiana Goya Lopes se misturam a outras peças garimpadas em viagens pela África. De lá, ele tirou as referências das máscaras impressas na última edição da revista "2 Fanzine".

O projeto editorial, independente, foi criado em 2007 por Bertholini em parceria com o diretor de arte paulistano Kleber Matheus.

Após um hiato, a revista retornou no ano passado e participou da feira Art-O-Rama, em Marselha, na França, e fez parte da mostra "Tropical Revolução", exibida na galeria da estilista francesa Agnès B.

Em sua sétima edição e com tiragem de 2.000 exemplares, o fanzine tem na lista de colaboradores os fotógrafos Klaus Mitteldorf, Marcelo Krasilcic e Cassia Tabatini e o artista plástico Fábio Gurjão.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página