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Crítica - Comédia

Quem tem neurônio não vai gostar de 'Vestido pra Casar'

Filme brasileiro tem roteiro flácido, gags insuportáveis e atores sem direção

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O quiproquó é um dos motores da comédia e foi trabalhado com muita competência por mestres do gênero, de Billy Wilder a Louis de Funès. "Vestido pra Casar" se vale deste recurso, mas o resultado deixa muito a desejar.

Isso acontece porque o quiproquó --a confusão criada por um engano, na cena inicial, que será realimentada ao longo de todo o filme--, está escorado por um roteiro flácido e sem ritmo, gags que se repetem além do limite do suportável, escassa direção de atores e fotografia digna de seriado de televisão, com a câmera que não sai da altura do olho.

O argumento poderia ter rendido algo melhor. Mentiroso compulsivo, Fernando (Leandro Hassum) entra em uma encrenca no dia do seu casamento, quando vai ao aeroporto buscar a noiva (Fernanda Rodrigues). Lá, rasga o vestido de uma celebridade de reality show (Renata Dominguez), que estava acompanhada do amante.

Fotografada por um paparazzo, ela exige que Fernando consiga um vestido idêntico ao que usava para não despertar suspeitas no marido, um senador.

Para esconder o incidente da noiva --e sua pegajosa família-- e conseguir o tal vestido, Fernando se enreda em um carrossel de trapalhadas.

Mas essa balbúrdia toda não oferece nada mais do que bordões matraqueados pelos personagens, do contador ao pai da noiva, que martela, com um pretenso sotaque paranaense: "este casamento está acabado".

Carente de ideias, "Vestido pra Casar" se satisfaz na celebração barulhenta do absurdo, do insólito. É muito pouco para fazer rir quem tem neurônios.


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