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Morre aos 79 em acidente o maestro inglês Frank Shipway

Regente trabalhou com orquestras da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil

Colaborador regular da Osesp, ele iria reger em SP, em setembro, programa com obras de Wagner e Beethoven

SIDNEY MOLINA CRÍTICO DA FOLHA

Morreu Frank Shipway. O renomado regente inglês, de 79 anos, sofreu um acidente automobilístico na tarde de terça-feira (5) em Wiltshire, a cerca de 150 km de Londres. Ele estava dirigindo. Levado a um hospital local, morreu no dia seguinte.

Shipway foi assistente do maestro americano Lorin Maazel (morto em 13 de julho passado) na Ópera de Berlim nos anos 1970 e destacou-se em trabalhos regulares com as sinfônicas de Copenhague e Flandres nos anos 1980.

Nos anos 1990, participou da renovação da RAI na Itália e foi diretor artístico e regente principal da BRT (rede pública de TV) em Bruxelas e da filarmônica de Zagreb, na Croácia.

Sua colaboração com a orquestra de Cleveland, nos Estados Unidos, e as gravações realizadas com a Royal Philharmonic Orchestra, do Reino Unido, estão entre suas realizações mais cultuadas.

Shipway tornou-se um colaborador regular da Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Seus concertos em São Paulo eram sempre aguardados, e não é exagero afirmar que ele tenha sido o convidado internacional favorito dos próprios músicos.

Nas temporadas 2012-13 ele regeu aqui a "Sinfonia n.2" de Sibelius, a "Oitava" de Bruckner e obras de compositores ingleses como Elgar e Walton.

Mas talvez o seu principal legado com a Osesp seja a gravação de "Uma Sinfonia Alpina", de Richard Strauss (lançada pelo selo BIS), considerada uma das três melhores de 2013 pela BBC Music Magazine.

Discípulo de John Barbirolli (1899-1970), Shipway sabia como poucos trabalhar a sonoridade de uma orquestra. Os graves, sempre sonoros e compactos, eram um diferencial. Era um som robusto, impactante, com brilho, que não perdia os detalhes das linhas. E ele mantinha os músicos engajados e concentrados.

Em 11 de setembro próximo ele iria reger, na Sala São Paulo, um programa com obras de Wagner e Beethoven.


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