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Coleção Folha desfaz mitos sobre a vida de Mozart

Livro-CD da série 'Mestres da Música Clássica' exibe biografia atualizada

Celebridade em sua época, compositor não morreu envenenado pelo rival Salieri, como conta o filme 'Amadeus'

DE SÃO PAULO

Celebridade no mundo da música erudita, Mozart é tema do quarto volume da Coleção Folha Mestres da Música Clássica, que chega às bancas no próximo domingo (17.)

O livro-CD integra a nova série, que apresenta vida e obra de 25 músicos fundamentais na construção da identidade sonora do Ocidente.

Autor de obras como as óperas "A Flauta Mágica" e "Don Giovanni", a serenata "Eine Kleine Nachtmusik" e a "Sinfonia nº 40", Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) é lembrado como o garoto prodígio que antes dos seis anos já fazia recitais.

Mas muitas das histórias a respeito do compositor, até hoje tidas como verdadeiras, foram inventadas durante o romantismo, no século 19.

"Mozart era uma celebridade e, como tal, precisava ter uma série de atributos", diz o professor universitário e colaborador da Folha João Batista Natali, que assina a biografia publicada na coleção.

Na falta de uma pesquisa com bibliografia refinada, as pessoas inventavam aquilo que coubesse em sua imagem. "Era um Mozart para consumo popular", diz Natali.

No texto da coleção, Natali desconstrói vários desses mitos, como o de que o compositor teria morrido envenenado pelo seu rival, Salieri (1750-1825) --mesma tese usada por Milos Forman em seu filme "Amadeus" (1984).

Natali diz que Salieri foi a uma das primeiras récitas de "A Flauta Mágica". Ao final, abraçou Mozart, chorando, e lhe disse: Nunca pensei que um ser humano fosse capaz de compor algo tão bonito'."

Na biografia, Natali conta passagens da vida pessoal, mas também dá uma dimensão da obra que o imortalizou.

"Uma das características de Mozart está na pureza e no encanto de suas descobertas melódicas. Provavelmente nenhum outro compositor tenha nos deixado melodias de uma beleza tão marcante."

O disco que acompanha o volume quatro reúne o "Concerto nº 21 em Dó Maior" (K467) e o "Concerto nº 27 em Si Maior" (K595), que estão entre os mais executados.

As gravações são da Sinfônica de Londres regida por Claudio Abbado (1933-2014), com o pianista Rudolf Serkin (1903-1991) e pertencem ao catálogo da Deutsche Grammophon, referência da música clássica no mundo.


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