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Crítica - Filme na TV

Polanski mostra deterioração das relações sociais em longa

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Vida social e hipocrisia são inseparáveis. "Deus da Carnificina" ("Carnage", TC Cult, 18h40; 12 anos) nos lembra disso a partir de dois casais que se encontram para discutir as decorrências de um desentendimento entre os respectivos filhos.

Tudo muito civilizado. Mas o ambiente é tenso desde o início. E uma simples fagulha, uma frase mal colocada podem desencadear o pesadelo, isto é, a ruptura de leis que tornam a convivência humana suportável.

No filme, Roman Polanski volta aos seus melhores dias, em que se mostrou capaz de, a partir de pouco mais que nada, criar uma atmosfera de decomposição, como em "Chinatown" (1974) e "O Bebê de Rosemary" (1968).

Polanski é tanto melhor quanto seus personagens são pessoas desconfortáveis em sua pele. É como ele próprio: parece que aqui o inferno são outros, mas não só os outros.


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