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Camerata Fukuda faz concerto gratuito na Sala São Paulo

Orquestra de cordas executa obras de Mozart e Tchaikovsky e lembra o centenário do brasileiro Guerra-Peixe

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Lembrado no último Festival de Inverno de Campos do Jordão pelo centenário de seu nascimento, o compositor brasileiro Guerra-Peixe ganha nova homenagem, desta vez da Camerata Fukuda.

Sob regência de Celso Antunes, o grupo fundado em 1988 executa o "Concertino para Violino", do músico fluminense, no concerto gratuito que será realizado na próxima terça-feira (19), às 21h, na Sala São Paulo.

Elisa Fukuda, fundadora da Camerata, será a solista nesta execução. "É uma obra que vai soar bem. Não é das mais difíceis, mas tem trechos rápidos e virtuosísticos", diz Fukuda.

O maestro Celso Antunes diz que o público logo vai reconhecer a influência da música popular, como o frevo.

"Eu brinco com o pessoal da Camerata que o terceiro movimento, que encerra o Concertino', poderia ser chamado de festa no arraial', porque o caráter é esse", diz o maestro.

A música foi composta em 1972 para o violinista, compositor e regente Cussy de Almeida (1936-2010) e para a Orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco.

Durante sua execução, a Camerata contará com músicos convidados para tocar triângulo, bumbo e mineiros, que são um tipo de chocalho.

Mas antes que o grupo homenageie o brasileiro serão apresentadas duas peças de Mozart (1756-1791): o "Divertimento nº 1 em Ré Maior, KV 136" e o "Divertimento nº 3 em Fá Maior, KV 138".

"São músicas super alto-astral, como indica a palavra divertimento", comenta Fukuda. Peças básicas no repertório de quem toca instrumento de cordas, elas foram compostas em 1772 e têm caráter ligeiro, leve.

O concerto se encerra com o maior desafio da noite para os cerca de 20 instrumentistas da formação: a "Serenata em Dó Maior, Op.48", de Tchaikovsky (1840-1893).

"É uma obra belíssima, de um romantismo extremamente arrebatador, em que ele explora todas as sonoridades que uma orquestra de cordas pode produzir", afirma Antunes. A composição tem forte influência da música tradicional russa.

TALENTOS

A Camerata Fukuda nasceu da escola fundada pelo pai de Elisa, Yoshitame Fukuda. Elisa dá aulas desde 1980 e pelo grupo já passaram nomes como Davi Graton, atualmente na Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) e Luiz Filipe Coelho, na Filarmônica de Berlim.

Celso Antunes, que é regente associado da Osesp e mora na Alemanha, realiza um concerto por ano com a Camerata. O de 2014 será este, na Sala São Paulo.


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