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Reality ajuda pessoas a superar 'pé na bunda'

Atração criada pela apresentadora Mica Rocha estreia em setembro no canal Warner

DE SÃO PAULO

Nem sempre é fácil superar o fim de um relacionamento, mas contar com uma visão de fora sobre o assunto pode ajudar a sair da fossa.

Esse é o mote do programa "S.O.S. Pé na Bunda", que estreia em setembro no canal pago Warner. A atração é apresentada por Mica Rocha, que também é a responsável pela criação do reality.

"O assunto despertou interesse porque sempre achei que as pessoas sofriam demais com separações. É como se alguém tivesse morrido", explica Rocha.

"E também acho que é um tema universal. Não interessa a sua condição social, financeira, de onde você veio, para onde você vai, se você é bonito, feio, gordo, magro... Todo mundo já tomou pé na bunda ou ainda vai tomar."

Entre os 13 participantes da primeira temporada há uma moça que mudou de cidade a pedido do namorado para ser largada em sequência, um rapaz que fez uma fogueira com todos os objetos do ex-companheiro e uma menina que se jogou no chão do escritório do ex e implorou para que os dois voltassem.

A apresentadora garante que é bem experiente na área. "Eu já tomei pé na bunda, já sofri com fins de relacionamentos e já dei pé na bunda também", admite. "A gente precisa passar por certos sofrimentos para aprender."

Rocha diz que, apesar de ter se emocionado com algumas histórias, procura fazer com que o clima do programa seja descontraído.

"As coisas que a gente faz por desespero são tristes, mas são patéticas também", ri. "Acho que a gente precisa aprender a rir das coisas pelas quais passou. O programa não é pesado, a pessoa não fica chorando o tempo todo."

TRAPÉZIO

Para tentar levantar o moral, os abandonados realizam atividades que têm a ver com o problema identificado pela produção. As tarefas vão desde aulas de tango para perder a timidez até pular de um trapézio de oito metros, no caso de uma participante que se preocupava demais com a opinião dos outros e deixava de "se jogar" na vida.

"É uma livre interpretação do problema, às vezes até meio poética e metafórica", explica a diretora Paula Buarque. "A forma de ajudar não é trazendo o namorado de volta ou arranjando um novo amor. É a pessoa se bastando", explica Buarque.

A publicitária Gabriela Müller, 27, que descobriu o programa por meio de uma rede social, se inscreveu para tentar virar a página de um ex-ficante que deixou de falar com ela sem dar explicações. "Eu não sei o que aconteceu com ele. Só sei que não morreu porque a gente tem amigos em comum."

Ela diz que, durante as gravações, Rocha falou o que ela precisava ouvir. "Eu levei um tapa na cara e vai passar em rede nacional para todo mundo ver", diverte-se.

Perguntada se a exposição não a preocupava, Müller respondeu que já havia participado de outra atração muito mais constrangedora na TV. "Era do tipo para você encontrar alguém", contou. "Não foi o mesmo cara, mas o que conheci lá também me fez sofrer por dois anos."


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