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Orquestra toca música espanhola em SP

A Experimental de Repertório recebe amanhã o quarteto de violões Quaternaglia para executar o 'Concerto Andaluz'

Programa levado ao Theatro São Pedro ainda terá sinfonia de Beethoven e uma obra de Rimksy-Korsakov

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Obra rara nas salas de São Paulo, o "Concerto Andaluz", do espanhol Joaquín Rodrigo, será tocada pela Orquestra Experimental de Repertório neste domingo (24), às 11h, no Theatro São Pedro. Sua execução marca a primeira parceria do grupo com o quarteto de violões Quaternaglia.

A obra foi criada na fase madura de Rodrigo (1901-1999) e quase 30 anos após a peça mais famosa do espanhol, o "Concerto de Aranjuez", para violão solo.

Comparativamente, são duas músicas com diferenças expressivas. Crítico da Folha e um dos violonistas do Quaternaglia, Sidney Molina explica que "Aranjuez" foi inspirado na cultura da região central da Espanha, mais aristocrática. Já "Andaluz" encontra raízes no sul do país.

"O Andaluz' representa a Espanha popular mesmo, a influência moura, o que para o Rodrigo era o mais tipicamente popular, com o elemento flamenco, as escalas rápidas", diz Molina. "É uma grande festa este concerto".

A peça vai dialogar com outra, de Rimsky-Korsakov (1844-1908), russo que compôs "Capricho Espanhol" inspirado em cadernos de anotações de músicas do folclore.

"O público vai perceber que essa obra não traz aquela música espanhola a que estamos acostumados. O Capricho' é um passeio mais profundo nessa diversidade", explica o regente titular da OER, Carlos Moreno.

Segundo o maestro, a peça tem influência da cultura galega e só no quarto movimento, "Cena e Canto Cigano" é que a Espanha popular será mais facilmente identificada.

A"Sinfonia nº 2", de Beethoven (1770-1827) substituirá o "Bolero", de Ravel, e a "Dança Espanhola nº 1", de Manuel De Falla, inicialmente programadas.

A peça, já tocada pela OER neste ano, entrou para ajudar no aperfeiçoamento dos músicos da orquestra, que estão se profissionalizando.

"Essa é uma das sinfonias mais exigentes de Beethoven", afirma o maestro. A obra foi criada quando o alemão começou a perder sua audição. Apesar disso, é uma peça que, segundo Moreno, demonstra alegria. "Ela é lindíssima", diz o maestro. "Acredito que ele tenha se dedicado a ela como uma busca de transformação."


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