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Arquitetos analisam novos teatros em SP

Reportagem convidou especialistas para visitar duas casas de espetáculos inauguradas recentemente, Net e J. Safra

Para especialistas, ainda são precários o acesso e a sinalização para pessoas que têm deficiência

GIULIANA VALLONE DE SÃO PAULO

O Brasil ainda sofre com a carência de espaços de apresentação artística que sejam bons tecnicamente, segundo os arquitetos especializados em teatro José Augusto Nepomuceno e Julio Gaspar.

Os dois foram convidados pela Folha para conhecer e avaliar as novas casas de espetáculo da cidade de São Paulo, J. Safra e Net, inauguradas há cerca de um mês.

Para eles, os dois apresentam uma evolução em comparação com teatros de programação semelhante que já existem, mas têm problemas.

"O panorama está se alterando em termos qualitativos. Muito tem que ser melhorado tanto do lado dos clientes quanto do projeto e da construção", diz Nepomuceno.

Para os arquitetos, os teatros costumam nascer espremidos entre requisitos de precisão técnica, considerados ideais para essas construções, e a realidade de condições precárias de espaços e prazos.

A programação das duas casas tem espaço para a dramaturgia e apresentações musicais. No Net --construído no shopping Vila Olímpia com 799 lugares--, a estreia foi com um show de Gilberto Gil, enquanto o Safra (na Barra Funda, com 633 lugares) já teve apresentação de Gal Costa.

PROBLEMAS

Os arquitetos concordam que o teatro Safra é sisudo, "quase glacial", lembrando um auditório. Já o Net tem um tratamento arquitetônico de interiores que lembra um cenário e é mais aconchegante.

Nos dois casos, os especialistas encontraram problemas, como a dificuldade de acesso e sinalização para cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção.

A administração do Net diz que o teatro está em fase de ajustes. A gestão do Safra afirma que a maior parte dos problemas já foi resolvida e promete a instalação de um elevador para auxiliar o acesso.

Há ainda o som "um pouco metálico" no Theatro Net na apresentação acompanhada pela reportagem em 15/8. Na mesma sessão, o ruído do projetor chegou a atrapalhar o áudio do espetáculo.

No J. Safra, visitado em 25/7, a distância entre cadeiras e degraus no balcão pode facilitar quedas e falta um corrimão na última fila. Os responsáveis dizem atender a todas as exigências legais.


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