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No Brasil, atriz de 'Hemlock Grove' diz ser temida nas ruas
Famke Jenssen e Madeline Brewer passam pelo país para divulgar a segunda temporada da série do Netflix
Produtor executivo Eli Roth avalia que plataforma de vídeos permitiu fazer seriado sem grandes restrições
Temida na pele da vampira Olivia Godfrey na série "Hemlock Grove", Famke Jenssen também intimida quem a conhece pouco. "As pessoas têm medo de mim o tempo todo", contou à Folha durante passagem por São Paulo. "Entro numa sala e todos saem correndo. Mas sou legal, não sou as personagens que interpreto."
A atriz esteve no país com a colega Madeline Brewer e com o produtor executivo Eli Roth para divulgar a segunda temporada da série, já disponível no Netflix.
Segundo contou, os extremos de Olivia são o que a divertem na hora de vestir a personagem. "Ela é diabólica em um momento, no seguinte é amorosa com os filhos, depois mata alguém... Não dá para saber o que esperar. É desafiador."
Ressurgida das cinzas após aparentemente bater as botas na primeira temporada, a personagem não é a primeira da atriz a vencer a morte --haja visto a Jean Grey de "X-Men". "As pessoas não conseguem se livrar de mim", brincou. "Bom seria se na vida real fosse assim também."
PEQUENA MISS NETFLIX
Menos temida que a colega, Brewer contou estar feliz com a personagem Miranda, que entrou na nova temporada e ganhou a antipatia de alguns fãs em fóruns de discussão. "Ninguém falou que sou péssima atriz. É com isso que me importo", afirmou.
A atriz disse que entrar no segundo ano da série a ajudou em algumas cenas. "A inadequação e o nervosismo que você a vê tendo nos primeiros episódios é o que eu estava sentindo", contou. "Tinha acabado de conhecer as pessoas. Era muito orgânico."
Segundo ela, que tem amigos no Brasil e aprendeu a falar algumas palavras em português, pesou na hora de aceitar a personagem o fato de a série ser na plataforma de vídeos, onde fez sucesso como a drogada Tricia, de "Orange Is the New Black".
"Minha mãe me chama de Pequena Miss Netflix'", confessou. "A verdade é que, depois de morrer na série, fiquei oito meses desempregada. Então se não é ruim para eles me ter nas duas séries, certamente, não é ruim para mim."
"Há dois anos, quando falei que ia fazer a série, as pessoas perguntavam se era uma espécie de websérie, se era para o YouTube... Eu respondia que era internet, mas também era TV. Agora, as pessoas entendem", concordou Roth. "Adoro fazer parte de algo que está na fronteira do conhecimento, criativamente e em termos de tecnologia."
Ele diz que em um canal tradicional teria mais restrições para fazer a série do jeito que queria. "Sempre falavam que não podia ser tão violento ou que eu não podia matar todo mundo. Mas isso é o que faz o terror aterrorizante!", riu.