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Crítica - Drama

Longa do Afeganistão é sonho melancólico difícil de esquecer

'A Pedra de Paciência' é tão triste e silencioso quanto as mulheres que retrata

ANDRÉ BARCINSKI ESPECIAL PARA A FOLHA

Um filme tão triste, bonito e silencioso quanto as mulheres afegãs que retrata. "A Pedra de Paciência", de Atiq Rahimi, um afegão que vive na Europa desde os anos 1980, conta, de forma simples e austera, a história de uma mulher sem nome --e que, por não ter nome, simboliza muitas.

Quando o filme começa, vemos a mulher (a atriz iraniana Golshifteh Farahani) no quarto de um prédio dilapidado por bombas e tiros, conversando com um corpo inerte do chão.

O corpo é do marido --também não identificado--, um guerrilheiro que levou um tiro no pescoço e está há semanas em estado vegetativo.

Aos poucos, vamos descobrindo o passado da mulher e conhecendo outros personagens: seus dois filhos pequenos; uma tia que a ajuda com comida e água; um soldado afegão que invade o apartamento.

O roteiro, inspirado em um livro do próprio Rahimi, foi escrito em parceria com o grande Jean-Claude Carrière, colaborador frequente de Buñuel, e vai revelando, sem pressa, toda a complexidade de uma história que, à primeira vista, parece banal.

"A Pedra de Paciência" lembra um sonho melancólico e impossível de esquecer.


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