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Bienal de SP relativiza patrocínio de Israel

Medida foi tomada após manifesto de artistas contrários ao apoio do país

No painel do evento, novo aviso improvisado diz que consulado apoia apenas artistas originários do país

DE SÃO PAULO

Após manifesto divulgado por artistas participantes da 31ª Bienal de São Paulo descontentes com o patrocínio do Estado de Israel ao evento, a instituição relativizou o apoio do consulado do país.

No painel colocado na entrada da Bienal, onde estão os logotipos das instituições patrocinadoras do evento, um aviso improvisado, grudado com adesivo, especifica que cada consulado apoia só os artistas de seu país. No site da Bienal, essas marcas não redirecionam mais aos sites dos patrocinadores.

Essa mudança vem no encalço de um manifesto lançado na semana passada por 55 dos 86 artistas participantes da mostra, entre eles, israelenses, palestinos e libaneses, que exigiam a remoção do logotipo e a devolução do patrocínio israelense --o país investiu cerca de R$ 90 mil na mostra, de um orçamento total de R$ 24 milhões.

Uma carta divulgada nesta segunda (1º) pelos artistas afirma que as mudanças foram feitas após negociações entre fundação e participantes.

O caminho encontrado para solucionar o desentendimento, segundo a assessoria da Bienal, foi "dissociar o apoio de Israel aos artistas participantes da mostra".

Isso significa que o apoio oficial do Estado de Israel continua existindo, mas agora a mostra deixa claro que o patrocínio é relacionado apenas a artistas do país, embora eles mesmos tenham rechaçado o apoio de Israel.

Quatro israelenses participam da Bienal deste ano, sendo dois deles signatários do manifesto --Yael Bartana e Michael Kessus Gedalyovich.

"Nos recusamos a apoiar a normalização das ocupações conduzidas continuamente por Israel na Palestina. Acreditamos que o apoio cultural do Estado de Israel contribui diretamente para manter, defender e limpar suas violações de leis internacionais e direitos humanos", diz a carta divulgada pelos artistas.

Procurados pela Folha, os curadores da mostra, não quiseram se manifestar e evitaram falar sobre o assunto em entrevista coletiva na manhã desta segunda (1º).

O presidente da Fundação Bienal, Luís Terepins, havia dito na semana passada que não haveria possibilidade de devolver o dinheiro e afirmou ontem que "após o esclarecimento sobre como os patrocínios são usados, a questão se deu por encerrada".


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