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Vida de Pablo Escobar é dissecada em série

Narcotraficante mais temido do mundo é o protagonista de obra colombiana que estreia no Brasil neste mês

Produtora da atração tem membros de sua família entre vítimas do criminoso; mãe foi sequestrada e tio, morto

VITOR MORENO DE SÃO PAULO

Da infância simples e das primeiras contravenções até se tornar o narcotraficante mais temido do mundo, o colombiano Pablo Escobar (1949-1993) tem sua vida dissecada na série "Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico", que estreia no Brasil no dia 15 no canal pago +Globosat.

Segundo Juana Uribe, produtora da atração, quase tudo o que se vê na série aconteceu de fato --apenas os diálogos foram criados, sempre com base em documentações, sobretudo do livro "La Parábola de Pablo", de Alonso Salazar.

"A realidade foi muito pior", afirma ela em entrevista à Folha. "Tivemos que omitir algumas coisas para poder mostrar na televisão."

Assim como o colega Camilo Cano, com quem desenvolveu o projeto, ela é parente de vítimas do narcotraficante. Sua mãe, Maruja Pachón, passou sete meses sequestrada por Pablo Escobar (a história é registrada em "Notícia de um Sequestro", de Gabriel García Márquez). O tio, o político Luis Carlos Galán, foi morto pelo "capo". Ambos aparecem representados em sequências durante a trama.

Para ela, a Colômbia sempre contou muitas histórias sobre violência, mas nunca com "nome próprio". "Trata-se de uma etapa posterior da narrativa sobre o tráfico."

Uribe conta ainda que estava "obcecada" para que o tom da série fosse o mais realista possível. Por isso, a escolha do protagonista se condicionou à semelhança física com o personagem real.

O selecionado foi o colombiano Andrés Parra, 36.

"Era uma grande responsabilidade interpretar alguém tão vivo no imaginário das pessoas", diz o ator. "Por sorte, só fui ter consciência do problema' em que havia me metido muito depois de começar a gravar", completa.

Segundo Parra, desde o começo, o desafio que recebeu dos diretores foi de tentar chegar o mais próximo possível do original. "Queríamos fazer uma radiografia do personagem e concentramos nossa energia nisso", afirma.

APOLOGIA

Juana Uribe afirma que uma das preocupações da equipe foi não dar ao protagonista contornos de herói.

"Era importante que o público não simpatizasse com ele, que entendesse que é possível ser inteligente e carismático, mas ao mesmo tempo ser também um assassino terrível", diz a produtora.

Mesmo assim, algumas críticas surgiram na Colômbia, acusando a produção de fazer apologia ao crime.

"Acho um discurso velho", defende Parra. "A série é apenas um reflexo dessa vergonhosa e dolorosa etapa da nossa história recente."

NA TV
Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico
Estreia da série
QUANDO a partir do dia 15, às 21h, no +Globosat
CLASSIFICAÇÃO 16 anos


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