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ArtRio chega à 4ª edição como motor de feiras paralelas

Evento no Rio começa hoje com obras de até R$ 20 mi, dividindo píer Mauá com design e peças mais baratas

Enquanto estrangeiras apostam no clima de festa do Rio, galerias como Marian Goodman e Gladstone vão embora

SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO

Na ressaca da abertura da Bienal de São Paulo, na semana passada, o mundo da arte começa a fazer fila na ponte aérea para a próxima parada obrigatória --a feira ArtRio, que abre suas portas agora.

Em sua quarta edição, o evento carioca não tem grandes novidades, a não ser o fato de ter impulsionado o surgimento de uma série de outras feiras paralelas no Rio --a feira de design IDA, dos mesmos responsáveis pela ArtRio, e a Artigo, com obras a preços mais acessíveis.

Nesse sentido, o Rio vive uma espécie de "miamificação". Guardadas as proporções, o que se passa na cidade maravilhosa lembra o impacto que a feira Art Basel Miami Beach teve no balneário norte-americano, turbinando ali o surgimento de um mercado de arte fortíssimo ao longo da última década.

Os galeristas lamentam que esse tenha sido um ano fraco em vendas, resultado do quadro econômico pessimista, que faz muitos colecionadores pisarem no freio antes de desembolsar até R$ 20 milhões por uma obra.

"Quando surge uma crise, tem sempre quem fica muito prejudicado e alguém que se beneficia", relativiza Brenda Valansi, uma das diretoras da ArtRio. "Este é um ano complicado, mas acho que depois da Copa o baixo astral passou. As galerias estão otimistas."

Ou não. Aquelas que vão à feira, de fato, apostam alto, como a Gagosian, que neste ano terá uma tela de Monet, a peça mais cara da feira, que vale cerca de R$ 20 milhões.

BAIXAS

Mas a ArtRio também sofreu baixas. Já não tem a presença da paulistana Leme, nem das poderosas casas nova-iorquinas Gladstone e Marian Goodman, que estrearam na feira no ano passado e descartaram retornar ao evento.

Também houve uma baixa na própria estrutura da ArtRio, com a saída de um de seus sócios-fundadores, o empresário Alexandre Accioly, dono de uma rede de academias de ginástica, numa "transição suave e tranquila", nas palavras de Valansi.

Suave é como galeristas também costumam descrever o clima no Rio. "Lá tem um pouco mais de festa", diz a paulistana Luisa Strina, que leva obras de Cildo Meireles e Fernanda Gomes à feira. "É mais relax, o lugar é lindo."

E isso, na opinião de estrangeiros como o britânico Peter Brantley, da filial paulistana da galeria White Cube, ainda é um dos maiores atrativos para fazer colecionadores se abalarem da Europa ou dos Estados Unidos até a zona portuária do Rio.

"Vai ser bom passar um tempo no sol", diz Brantley. Ele adianta que sua galeria mostrará no Rio obras da mais nova série do britânico Damien Hirst, maior estrela de seu elenco, que criou mapas de cidades do mundo usando alfinetes e anzóis.

Além de Hirst, a White Cube terá obras da dupla Jake e Dinos Chapman. Eles apareceram nos jornais há pouco por terem uma de suas esculturas de meninas nuas censurada em Roma. "Será forte e ousado", diz Brantley.


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