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Crítica - Ação

Arrastada, nova aventura perde a surpresa visual do primeiro filme

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

"Sin City 2 - A Dama Fatal" não empolga. E a principal razão é aquela sensação de estar vendo mais do mesmo.

O filme é uma continuação tão colada no original de 2005 que parece uma reprise.

Se chegasse aos cinemas alguns meses depois do primeiro, como as duas partes de "Kill Bill", de Quentin Tarantino, talvez os problemas de roteiro e direção da continuação passassem despercebidos.

Na verdade, nem o roteiro do primeiro filme era grande coisa. Mas o maior mérito de "Sin City" no cinema era o mesmo da HQ de Frank Miller: seu impacto visual.

Há nove anos, quem entrava no cinema se deliciava com uma adaptação absurdamente fiel ao visual em preto e branco com alto contraste do gibi. E o uso de pequenos detalhes em vermelho cor de sangue era minucioso.

Os diálogos, esparsos, carregavam o espírito solene e ao mesmo tempo cínico dos balões dos quadrinhos e se encaixavam bem a atores famosos e canastrões, como Mickey Rourke e Bruce Willis.

Falando de Rourke, sua composição como Marv parece uma versão deformada e mais velha do Motorcycle Boy, seu personagem em "O Selvagem da Motocicleta" (1983), de Francis Ford Coppola.

Rourke está bem no novo filme, mas os outros atuam sem brilho, como Willis e Josh Brolin --este como Dwight, melhor interpretado por Clive Owen no primeiro filme.

Jessica Alba retorna linda como a cowgirl stripper Nancy, mas quem arrasa é Eva Green como Ava, uma personagem que tem dificuldade para permanecer vestida.

Mas Jessica, Eva, Rourke e a fotografia se perdem num ritmo arrastado. Sem a surpresa visual do antecessor, "Sin City 2" é enfadonho.


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