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Margaret Atwood criou máquina para dar autógrafos à distância

DA COLUNISTA DA FOLHA

Além de escritora premiada internacionalmente e hiperativa nas redes sociais, a canadense Margareth Atwood, 74, foi a visionária criadora de uma máquina para dar autógrafos à distância, antes mesmo de os e-books crescerem no mercado.

Em 2004, ciente da impossibilidade de atender aos anseios de fãs dos vários países onde seus livros são publicados, abriu uma empresa e patenteou o mecanismo que receberia o nome de LongPen.

Funcionava assim: ela se posicionava numa ponta da máquina, e o leitor, em outra, instalada em alguma livraria em outro canto do mundo. Após uma conversa por vídeo, o leitor colocava o livro no terminal. Atwood assinava em uma tela, e um jato com tinta imprimia o texto no terminal do leitor.

A máquina não chegou a ficar popular no meio literário, mas, em 2011, ganhou uma versão para os meios virtuais. O braço digital da empresa hoje se chama Fanado e combina a ideia de autógrafo à distância com videoconferências e mídias sociais.

Nessa nova fase, a autora atraiu a atenção de editoras como a Random House, a Harlequin e a HarperCollins. Em 2011, autores como Michael Chabon e Neil Gaiman a acompanharam numa demonstração do produto na feira BookExpo America.

A parte "analógica" da empreitada avançou com outras prioridades --hoje, a empresa Syngrafii, de propriedade de Atwood, é voltada à autenticação de papéis legais, e tem entre seus clientes bancos e governos.

Assinaturas à distância são uma ambição desde o século 19. Em 1888, o engenheiro elétrico americano Elisha Gray criou um mecanismo chamado Teleautograph, cuja meta era permitir "a alguém transmitir sua própria escrita à distância por meio de um circuito".

A máquina hoje é considerada uma precursora do fax, que se popularizaria em meados do século 20 para logo se tornar defasado.


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