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Sinfônica de Heliópolis mostra contrastes de Richard Strauss

Orquestra executa duas obras do compositor na Sala São Paulo

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

O poema sinfônico "Uma Vida de Herói" mostra um Richard Strauss apoteótico e exuberante, que celebra a própria vida. "As Quatro Últimas Canções", editada após sua morte, apresenta um compositor introspectivo, tomado pelo sentimento da finitude da existência.

Essas duas obras, nas quais Strauss (1864-1949) mostra toda sua genialidade, serão tocadas no mesmo programa da Sinfônica de Heliópolis regida pelo seu titular, Isaac Karabtchevsky, no domingo (28), às 17h, na Sala São Paulo.

Participam da récita o spalla da Osesp, o italiano Emmanuele Baldini, e a soprano argentina Paula Almerares.

"Uma Vida de Herói' é autobiográfica. É densa, compacta e emocionante", diz Karabtchevsky. O maestro ressalta dois aspectos da peça: a inserção de extratos de vários de seus poemas sinfônicos e o uso do violino como representação de sua mulher, Pauline.

"É, até hoje, o solo' mais difícil de todo o repertório sinfônico, pois muda continuamente de caráter", diz Baldini. "Na música, podemos imaginar facilmente Pauline: doce, com momentos de profunda ternura, mas temperamental e com frequentes explosões de ira."

"As Quatro Últimas Canções" também tem um momento especial com o violino. "Há um curto diálogo entre o spalla e a soprano que seria suficiente para colocar Strauss entre os gênios da história da música", diz Baldini.

Para Paula Almerares, é preciso que a cantora "interprete cada palavra" e que se crie uma união entre letra, música e a solista. "O público acaba compartilhando todas essas sensações", diz ela.

"A música de Strauss não se exaure num concerto. A mente de quem a ouve prolonga essa experiência acústica do teatro e a incorpora ao seu universo interior. É uma música que fica", diz Karabtchevsky.


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