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Megaprodução ofusca roupas em Paris

Volta de silhuetas e colorido dos anos 1970 acabou em 2º plano após desfiles suntuosos das maiores grifes

Na semana de moda que acabou na quarta, marca Chanel recriou arquitetura da capital francesa do século 19

PEDRO DINIZ ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Após o vácuo causado pela saída de Jean Paul Gaultier da semana de moda de Paris, neste mês, as maiores grifes do prêt-à-porter europeu investiram alto em megaproduções e modelos caros para manter a aura de importância da temporada francesa.

As silhuetas soltas e o colorido dos anos 1970, referências para a maioria das coleções, acabaram em segundo plano na reta final dos desfiles, encerrados na quarta (1º).

A francesa Chanel, por exemplo, assumiu o posto de grife mais inventiva da temporada ao reconstruir em pleno Grand Palais os boulevards de Paris do século 19.

Para a ocasião, o estilista alemão Karl Lagerfeld colocou o melhor "streetwear" da marca no corpo de modelos fetiche (e caríssimos) da moda, como Cara Delevingne, Baptiste Giabiconi e a brasileira Gisele Bündchen.

Um desfile em formato de protesto, com modelos empunhando megafones Chanel e cartazes pró-feminismo, resume a luta por igualdade das mulheres ante o machismo.

Já o estilista e fotógrafo Hedi Slimane transformou em discoteca rock'n roll a passarela da Saint Laurent Paris. Mais uma vez, ele destrinchou em saias e vestidos curtíssimos --com muito brilho aplicado em casacos e jaquetas estruturados-- o figurino das garotas habitués de festivais de rock californianos.

Miuccia Prada, por sua vez, também vira seus olhos para as mudanças de comportamento das mulheres ao recriar a imagem da rebeldia, apesar das cores doces e das silhuetas dos anos 1960.

Dentro do Palais D'Iena, a estilista italiana reproduziu uma igreja protestante para seu desfile de mulheres com roupas comportadas que, pouco a pouco, mostram a barriga, as pernas e revelam o lado sombrio escondido pro debaixo dos casacos longos.

A doçura e o jogo de esconde e revela também foram o mote da inglesa Stella McCartney em seu verão pijamista. Criações assimétricas e sobreposições de tecidos dividiram a atenção com o palco escolhido: a Opera Garnier.

O cenário também destacou-se na passarela de outro ícone francês, a Louis Vuitton. A nova Fundação Louis Vuitton, complexo de 15 mil toneladas de aço encrustado ao norte do bosque de Boulogne e desenhado pelo arquiteto canadense Frank Gehry, escancara o poder do grupo que leva o nome da grife.

As roupas, um contraste de tecidos texturizados e estampas coloridas, revelam o perfeccionismo do estilista francês Nicolas Guesquière, serviram de complemento de luxo para a grandeza do desfile.


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