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Festival em SP revive utopia do manguebeat

Quatro shows grátis neste fim de semana celebram 20 anos do movimento pernambucano

AURÉLIO ARAÚJO DE SÃO PAULO

Celebrar os 20 anos do manguebeat, movimento cultural nascido no Recife nos anos 1990 que mistura ritmos pernambucanos com influências estrangeiras.

É esse o objetivo do festival Caranguejando, organizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil, e que acontece em São Paulo no fim de semana.

Serão quatro shows gratuitos e ao ar livre, com parcerias entre artistas.

Uma delas, no sábado (9), será entre o músico carioca Pedro Luís e a banda Mundo Livre S/A, que junto com o Nação Zumbi ajudou a fundar o manguebeat.

"É complicado fazer um paralelo entre a música como era quando começamos e como ela é hoje", conta Fred ZeroQuatro, vocalista do grupo pernambucano, em pausa no ensaio para a apresentação.

"Nas duas últimas décadas, houve uma ruptura radical de modelos, circuitos, produção, circulação e distribuição de música."

Mesmo assim, para ele, a "utopia" representada pelo movimento foi parcialmente concretizada. Eles conseguiram, por exemplo, colocar o Recife no mapa do pop nacional.

"Por muito tempo, os músicos de lá eram considerados regionais' num sentido pejorativo."

Embora "Caranguejos com Cérebro," o manifesto original do manguebeat, tenha sido escrito e publicado por Fred dois anos antes, o ano de 1994 é considerado o de sua fundação É nele que tanto Nação Zumbi quando Mundo Livre S/A lançaram seus primeiros discos.

"A chegada deles na cena furou um bloqueio para que muita gente conseguisse entrar numa gravadora", afirma Pedro Luís. "Se tem uma coisa que o manguebeat ajudou a formar, foi público."

Ele conta que sua banda, a Parede, foi tocar no festival Abril Pro Rock em 1998. Depois de três canções, a plateia do Recife já estava com eles.

"Foi aberto um terreno de diversidade e mistura."

Para o show de sábado, eles prometem fazer uma releitura de músicas marcantes do movimento e garantem ter sentido uma química, incomum para quem toca junto pela primeira vez.

No sábado, também tocam Isca de Polícia e Serjão Loroza. No domingo, é a vez de Paraphernália com Ellen Oléria e Mombojó com Curumin.


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