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RONALDO LEMOS - @lemos_ronaldo

Abre alas para o funk ostentação

Os chatos têm bons motivos para comemorar. Vão poder reclamar muito do "funk ostentação", cada vez mais popular. Quem mora em São Paulo, e ainda não conhece, faz parte de uma minoria. Só o MC Guimê tem mais de 40 milhões de visualizações

no YouTube.

O nome é autoexplicativo. O funk carioca conquistou a Baixada Santista e a periferia da capital. Só que, em São Paulo, sofreu uma mutação. Misturou-se ao hip-hop, nacional e gringo, e passou a falar de dinheiro e de consumo.

As letras tratam de pessoas da periferia usando bens de luxo e tirando onda.

O hit "Plaquê de 100" é um bom exemplo. Repete: "contando os plaquê de cem, dentro de um Citroën, de transporte nós tá bem, de Hornet ou 1.100" (veja aqui: bit.ly/N7ol0M). Faz festa com a capacidade de consumo recém-adquirida pela periferia.

E a cena é "profissa". Os vídeos são bem feitos e há até uma produtora especializada na estética da ostentação. Ela fez os principais clipes e também um documentário sobre a história da cena.

Em outras palavras, sabem exatamente o que estão fazendo. Usam a internet para chegar aos vários públicos: dos fãs aos intelectuais.

Por falar neles, o funk ostentação concretiza no Brasil o que a pesquisadora Tricia Rose já falava sobre o hip-hop nos anos 90: "É um teatro contemporâneo para os desprivilegiados, que interpretam inversões de status e hierarquias, invertendo e subvertendo o script dominante".

Em síntese, é para dançar, pensar e, acima de tudo, tirar onda.

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