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Lance de R$ 1,6 mi por "50 Tons" eliminou rivais

DA ENVIADA AO RIO

"Há algo acontecendo com esse livro", alertou Koukla MacLehose, a scout (olheira) inglesa contratada por Jorge Oakim para garimpar títulos internacionais.

Era final de fevereiro, e uma trilogia erótica inspirada em "Crepúsculo" liderava as listas inglesas de e-books mais vendidos -"Cinquenta Tons" saíra por uma pequena editora australiana, que não dera conta de reabastecer as lojas físicas.

Oakim leu as 1.300 páginas em quatro dias. Soube estar "diante de algo grande".

Dias antes, a Record oferecera US$ 30 mil pela série. O negócio estava quase fechado quando a Companhia das Letras fez uma oferta, e o livro entrou em leilão.

O mundo todo competia pelo título naquela semana. A Random House adquiriu-o por "valor de sete dígitos", disse a imprensa inglesa.

Por aqui, já perto do fim da disputa, a Companhia ofereceu US$ 150 mil -US$ 25 mil a mais que a Geração Editorial. Juntas, as propostas não davam metade da feita pela Intrínseca, de US$ 780 mil (R$ 1,6 milhão).

Havia motivo para aposta tão alta. A Record, por ter feito a primeira oferta, tinha o direito de "floor", situação rara e confortável em que a editora não entra no leilão, mas leva o livro se igualar a proposta mais alta.

Diante do R$ 1,6 milhão, recuou."Foi uma oferta para desencorajar a concorrência", diz Sergio Machado, dono da Record.

As vendas de "Cinquenta Tons" já somam R$ 80 milhões no Brasil. Descontados intermediários, royalties, impressão e outros gastos, a Intrínseca lucrou, na estimativa do consultor de mercado editorial Carlo Carrenho, cerca de R$ 10 milhões em quatro meses.


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