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Música

Ke$ha retorna para celebrar a desordem

Em seu segundo álbum, "Warrior", cantora americana confirma sua personagem de garota baladeira sem freio

Disco tem participação do veterano Iggy Pop e tenta misturar um pouco de rock and roll ao som dance pesado

LUDOVIC HUNTER-TILNEY DO "FINANCIAL TIMES"

Ke$ha, 25, é parte de um grupo vibrante de estrelas pop que dominam as paradas de sucesso atuais. Cada uma projeta uma personalidade.

Rihanna se define como "a Madonna negra". Lady Gaga combina um lado esquisito a pretensões artísticas. Taylor Swift é a queridinha da América careta. Katy Perry, a ousada garota da casa ao lado. Seus colegas homens são incolores, em comparação.

A imagem de Ke$ha é a da garota festiva, desde seu single de estreia "Tik Tok", de 2009 - uma celebração da vida desordeira, cuja letra fala em escovar os dentes com uísque e virar a noite na festa. Vendeu 14 milhões de cópias.

A música de Ke$ha é essencialmente frívola -segundo ela mesma, são "canções pop bobinhas". Em seu mais recente single, ela canta "pegue minha mão, vou lhe mostrar o lado selvagem".

No entanto, estar no controle pode significar também estar fora de controle, em direção à ressaca de amanhã.

Admitir seus apetites pode significar ser dominada por eles. Essa tensão aponta para as pressões que as jovens estrelas enfrentam em uma cultura que é ao mesmo tempo moralista e sexualizada.

A cantora seguiu as pegadas da mãe como compositora, e escrevia letras nas páginas de seus livros de matemática na escola, quando era "uma perdedora total".

Aos 17 anos, ela se mudou para Los Angeles, e trabalhou como uma péssima garçonete. Compôs algumas canções de sucesso, a primeira das quais para a dupla australiana The Veronicas.

Foi coautora de uma das canções pop de maior destaque dos últimos anos, "Till the World Ends", sucesso de Britney Spears em 2011. E àquela altura sua carreira como cantora já estourava.

Se ela gosta da fama? "Há gente me dizendo o que fazer do momento em que acordo até o momento em que vou dormir. Metade do tempo nem mesmo tenho a chave do quarto em que fico", ela diz.

"Você não passa um segundo sozinha. Seguranças garantem que alguém não tente arrancar minha pele para fazer uma roupa de Ke$ha."

No ano passado, ela deixou de lado esse mundo e viajou como mochileira na África do Sul e na América do Sul.

O novo disco, "Warrior", tenta ampliar suas fronteiras ao incorporar um pouco de rock ao seu dance pop.

Os convidados do álbum incluem o avô do rock Iggy Pop. Ke$ha fala com entusiasmo da oportunidade de trabalhar com o líder do Stooges, 40 anos mais velho. É uma demonstração inesperada de apreço pelo passado.


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