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Crise europeia amplia horizontes de festivais

Convites a companhias brasileiras e orientais vêm na esteira de momento de turbulência econômica no continente

Produtor se queixa da parca promoção do teatro brasileiro no exterior; 'Espírito empreendedor é fraco'

DE SÃO PAULO

As mostras paralelas dos principais festivais do mundo se tornaram espécies de feiras e rendem boas oportunidade de negociações, diz Sérgio Saboya, responsável pela organização do festival Cena Brasil Internacional.

O evento levará seis produções brasileiras aos festivais de Edimburgo e de Avignon.

Saboya diz que parte dos recursos para o projeto foi levantada por meio de edital do Fundo Nacional de Cultura.

Ele ainda busca patrocínio para complementar o orçamento de R$ 1,5 milhão, custo estimado do périplo europeu do sexteto de montagens.

ELO COM ESTRANGEIROS

Saboya aponta para um fenômeno recente: a ampliação do leque de nacionalidades que batem ponto nos grandes encontros internacionais de artes cênicas.

"Depois da crise, por causa da baixa na presença de companhias europeias, as mostras internacionais estão mais abertas à participação de outros países", avalia, sublinhando o comparecimento cada vez maior de companhias asiáticas.

Claudia Barattini, diretora de assuntos internacionais do Festival Santiago a Mil, explica que a numerosa representação argentina na mostra, por exemplo, é fruto de um acordo com o Ministério de Cultura e Turismo de Buenos Aires. "O objetivo é fomentar o diálogo entre as artes cênicas chilenas e argentinas por meio de uma relação bilateral que permita a circulação de produções", diz.

De seu lado, Saboya reclama da parca promoção do teatro brasileiro no exterior. "Esse espírito empreendedor existe no mundo inteiro, mas aqui ainda é fraco."

Para o produtor, a projeção internacional de companhias brasileiras é fundamental para quebrar a "dependência econômica" criada pelas leis de incentivo. "Se essas leis um dia acabam, junto acabam as companhias", diz. "Deveríamos observar outros modelos no mundo", sugere.


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